Sindipetro MG lança projeto memória, em comemoração aos 60 anos da entidade

Você tem lembranças de alguma greve ou movimento da categoria petroleira em Minas?

Já vivenciou alguma conquista por intermédio do Sindipetro/MG?

Quais memórias ou situações envolvendo o sindicato você tem para compartilhar?

No dia 14 de agosto de 2023, o Sindipetro/MG completa 60 anos de existência com uma história de lutas e conquistas das petroleiras e petroleiros e você que é parte dessa história não pode ficar de fora. O Sindicato está fazendo um levantamento dos principais fatos que marcaram a trajetória da categoria petroleira em Minas nesses 60 anos, com a coleta de informações, dados históricos, imagens e memórias afetivas dos associados ao sindicato, que poderão ser utilizadas em divulgações de materiais produzidos pelo sindicato.

O nosso convite é para você que tem boa memória, lembranças e recordações sobre momentos da nossa história. Para participar, envie a sua contribuição até 07 de agosto para o e-mail [email protected], informando seu nome e telefone. Também, faça um relato, de forma sucinta, da sua história com o sindicato ou dos episódios marcantes nas lutas da categoria que considera especiais. Se for imagem ou materiais impressos, faça uma breve descrição e, se possível, anexe uma cópia no e-mail encaminhado ao sindicato.

GREVE DE 2018 MOSTROU A FORÇA DE ORGANIZAÇÃO DA CATEGORIA

Na história de lutas da categoria petroleira, há muitos acontecimentos importantes, entre eles greves memoráveis. Num recorte da história recente, a greve realizada pela categoria petroleira nacionalmente, entre 29 de maio a 1º de junho de 2018 é uma delas. Essa greve deixou marcas entre os petroleiros e petroleiras em Minas pelo espírito de coletividade e solidariedade na organização sindical e ampliou perante a sociedade o debate contra a privatização da Petrobrás.

Em meio a greve de caminhoneiros que parou o país no final de maio daquele ano, a reivindicação da categoria petroleira era a mudança na política de preços dos combustíveis, aumento da carga das refinarias da empresa e fim das privatizações praticadas pela Petrobrás. Um dos símbolos dessa greve foi a queda do então presidente da companhia, Pedro Parente.

Em razão da pressão da Petrobrás e do judiciário, diversas bases suspenderam a greve de 72 horas, no entanto, a categoria em Minas manteve o movimento e fez um grande ato na portaria da Regap no dia 1º de junho. Enquanto avaliavam os rumos do movimento, foram surpreendidos com a notícia do pedido de demissão de Pedro Parente e comemoraram juntos com euforia no gramado onde a assembleia acontecia.

Algumas consequências foram a punição de grevistas e aplicação multa milionária aos sindicatos de petroleiros em greve no País. Em Minas, petroleiros receberam cartas de advertência da empresa e punições que foram revertidas após a atuação do Sindicato na Justiça. O Sindipetro/MG também foi multado. A criminalização da luta dos trabalhadores foi um fator que esteve presente na greve dos petroleiros de 2018.

No entanto, a greve também teve muita repercussão na mídia e a pauta contrária à privatização ecoou nos debates da sociedade. Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), aconteceram audiências públicas que aprovaram diversos requerimentos como a reversão da multa imposta aos sindicatos. O apoio dos movimentos sociais durante a greve também foi fundamental para fortalecer a organização da categoria e não deixar que as ações do judiciário e da Petrobrás, que usavam estratégias para criminalizar a greve, abatessem os ânimos da luta.

[Da imprensa do Sindipetro MG]