Sem elevadores, trabalhadores do Coque são obrigados a subir, com peso, cerca de 40 metros de escada, mais de seis vezes durante o mesmo turno
[Da imprensa do Sindipetro MG]
O Sindipetro/MG recebeu denúncia de que a unidade de Hidrotratamento e do Coque (HC), da Refinaria Gabriel Passos (Regap),
está sem os seus elevadores funcionando. Devido à ausência de elevadores em funcionamento, os petroleiros e petroleiras da unidade têm que subir cerca de 40 metros de escada, muitas vezes carregando peso nas costas, por seis vezes ou mais durante o mesmo turno.
O problema dos elevadores do HC se arrasta por anos. São equipamentos antigos e carentes de manutenção que, ao não serem atualizados, degradam as condições de trabalho dos petroleiros. Na ausência dos elevadores, os trabalhadores que operam o reator precisam subir mais de 40 metros de escadas, carregando ferramentas pesadas. A situação eleva o risco de doenças do trabalho surgirem ao longo prazo. Embora o problema seja antigo, as gerências de Manutenção e de HC, assim como a gerência geral da refinaria, assistem a degradação dos equipamentos com indiferença.
Elevador de carga
Primeiro da unidade, o elevador de carga (ou elevador Atlas), apresenta problemas constantes. Devido a ocorrência das falhas, o equipamento sofreu uma atualização parcial de seu sistema. Porém, uma vez que a atualização não foi completa, o elevador continua apresentando problemas, já que os componentes novos não conseguem dialogar com os equipamentos mais antigos.
Por diversas vezes, o Sindipetro/MG denunciou as constantes falhas porém, as gerências insistem em afirmar que as falhas são causadas pelo mau uso dos usuários. Assim, se mantém um ciclo vicioso em que o ele- vador não funciona e nem recebe as manutenções necessárias.
Elevador de cremalheira
A instalação do elevado de cremalheira foi realizada como algo provisório para a parada de manutenção de 2016. Mas, com as falhas constantes do elevador de carga, acabou por ficar instalado de forma permanente na unidade. A falha do elevador de cremalheira reforça a percepção de que a gerência da Regap tem seguido uma política de não-manutenção. Como agravante do caso, a empresa de manutenção contratada pela refinaria está sediada no Rio de Janeiro. Após a falha, e interdição, deste elevado, a unidade de HC passou a não contar mais com elevadores.
“Os defeitos dos elevadores faz com que o outros problemas causado pela gerência do HC e da Refinaria como um todo se destaquem ainda mais. A falta de treinamento associados ao baixo efetivo e redução de postos de trabalho faz com que por diversas vezes a atividade nos reatores do Coque sejam executadas por uma mesma pessoa por várias vezes no mesmo turno porque o grupo não tem outro trabalhador capacitado para executar as tarefas necessárias. Essa sobrecarga tem causado problemas ocupacionais a muitos trabalhadores.” afirma Alexandre Finamori, coordenador geral do Sindipetro/MG