As petroleiras e os petroleiros de Minas Gerais estão sem opções de hospitais psiquiátricos credenciados pela Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS) em Belo Horizonte. A ocorrência é mais um ataque da gestão da Petrobrás contra a categoria petroleira, que vem tendo a sua assistência médica reduzida em prol dos lucros dos acionistas da empresa.
De acordo com o petroleiro aposentado e diretor do Sindipetro/MG, Leopoldino Martins, a AMS vem atrasando o pagamento dos profissionais credenciados na assistência médica. A situação tem causado o descredenciamento dos profissionais de diversas especialidades, incluindo os atendimentos odontológicos, de raio x e dos hospitais psiquiátricos.
“Tudo isso faz parte do plano de privatização da Petrobrás. Querem tirar os aposentados e pensionistas da assistência médica, além de através da nova Associação Petrobrás Saúde (APS), desvincular o RH da empresa e a categoria petroleira ativa. O objetivo deles é tirar do balanço da empresa tanto o pessoal da ativa, quanto os aposentados e pensionistas. Com isto, facilitam a privatização da Petrobrás” afirmou Leopoldino Martins.
Durante as reuniões locais do Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), o Sindipetro/MG verificou a existência de um aumento no número de afastamentos por doenças mentais ao longo dos últimos anos, o que torna ainda mais desumano o presente sucateamento da AMS. O sindicato informa que seguirá exigindo que a Petrobrás assuma a sua responsabilidade com a saúde e bem estar dos seus trabalhadores, assim como continuará na luta para reverter o atual processo de privatização ilegal e sucateamento da AMS.
Janeiro Branco
O mês de janeiro é dedicado à “conscientização para os cuidados com a saúde mental”. O objetivo da campanha é informar e conscientizar a população sobre os riscos do adoecimento mental e como buscar ajuda.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 18,6 milhões de brasileiros sofrem de ansiedade. Já os transtornos mentais são responsáveis por um terço do número de pessoas incapacitadas no continente americano.
[Da imprensa do Sindipetro MG]