Sindipetro ES cobra respeito aos trabalhadores da P-58, embarcados e no planejamento

Arte: Sindipetro ES

[Da direção do Sindipetro ES]

Começamos este texto com a seguinte frase: “Não se é líder batendo na cabeça das pessoas; isso é um ataque, não é liderança”. Esta frase é do 34º presidente dos EUA, Dwight D. Eisenhower. Apesar das diferenças ideológicas que temos com o autor dessa frase, ela mostra exatamente o que um líder não deve ser. No entanto, parece que a gestão da P58 insiste em desrespeitar seus trabalhadores e trabalhadoras, tanto daqueles que estão embarcados, como já mencionado anteriormente, quanto daqueles que passam seis meses no planejamento integrado da P58 antes de voltar a embarcar.

Não é de hoje que os trabalhadores do planejamento integrado reclamam dos constantes erros em seus contracheques. E quando parece que será resolvido, mais uma vez surgem inconsistências nos lançamentos, relacionados ao auxílio almoço ou, até mesmo, ao esquecimento do lançamento nos contracheques.

E o trabalho no planejamento integrado não é simples. Como objetivos deve-se planejar ordens de serviço, realizar planejamentos de bloqueios de linhas e equipamentos, triar e encerrar ordens e notas, além de participar de reuniões periódicas sobre gestão de mudanças. Os planejamentos sempre se referem às duas semanas futuras (S+2), e o da semana seguinte (S+1) serve apenas para corrigir os erros do planejamento já realizado.

Todos entendem isso, inclusive a gerência, mas não é assim que funciona. Os trabalhadores precisam ficar atentos, pois como num passe de mágica, e quase no último momento, surgem vários serviços a serem planejados para a semana seguinte, sendo cobrados por isso. E o trabalho de planejamento integrado é crucial para que os serviços sejam executados conforme o planejado, garantindo a segurança dos trabalhadores e trabalhadoras embarcados.

O que a Gerência da P58 precisa entender é que o interesse pelo trabalho em terra durante seis meses é da empresa, não do trabalhador. A empresa não está fazendo nenhum favor! Os trabalhadores já sofrem várias perdas significativas em seus contracheques quando precisam trabalhar em terra (além do GD ser impactado pela distância em relação às lideranças a bordo) e o auxílio-almoço é uma forma de minimizar essas perdas. Sem ele isso gera um passivo significativo, que afeta a vida social de cada trabalhador.

É importante lembrar que os custos estão altos, ultimamente, inclusive os gastos com transporte de casa para o trabalho e vice-versa, seja com veículo próprio, aplicativos de transporte ou, até mesmo, passagens de ônibus. Além disso, é relevante lembrar que os trabalhadores são obrigados a ir todos os dias para o EDIVIT, pois não têm o direito de fazer home office.

Quando nós, trabalhadores, esquecemos de pagar um boleto, ele vem com juros. Mas quando a empresa não lança o auxílio-almoço, que por sorte é corrigido no próximo mês, a correção não vem com juros pelo atraso e, muito menos, com um pedido de desculpas. Sim, a categoria é negligenciada no planejamento integrado da P58, e isso parece um castigo.

Pedimos respeito pelo trabalho realizado. Sem gerar desconfiança nas relações com a liderança e, em última análise, causar insatisfação no ambiente de trabalho. Recentemente, o trabalho só tem sido agradável graças às relações de amizade cultivadas no ambiente e ao café, que felizmente ainda não foi cortado.