Sindipetro CE/PI faz ato na Lubnor contra o golpe e o desmonte do Estado

O Sindipetro CE/PI fez um ato na Lubnor na manhã de hoje (10), contra o golpe e o desmonte do Estado, às 6h30. Petroleiros de vários estados interromperam as atividades em diversas unidades do Sistema Petrobrás em defesa da soberania e da democracia e contra o desmonte da empresa, a entrega do Pré-Sal e os ataques aos direitos dos trabalhadores, que estão na agenda do governo golpista de Michel Temer e do presidente da Petrobrás, Pedro Parente.

NÃO VÃO VENDER, PORQUE VAMOS OCUPAR!

A Petrobrás anunciou no dia quatro de março a pretensão de vender 104 concessões em todo País, sendo duas delas em Icapuí. Desde Julho de 2015 que o Conselho de Administração da Petrobrás aprovou a venda dos campos terrestres do Nordeste e Norte Capixaba. O Campo de Fazenda Belém gera cerca de 400 empregos (diretos e indiretos) e já tem mais de 35 anos de produção. Ele é considerado maduro, mas recentemente foram perfurados cerca de 120 poços e há perspectiva de perfurar mais 800 poços. Mesmo que não ache compradores, há um risco de o campo ter sua operação encerrada, mesmo dando lucro à própria estatal e ao Ceará.

A Petrobrás também anunciou no dia sete de Junho a venda da TermoCeará e do Terminal GNL, da Transpetro no Pecém, através de nota no portal Fatos e Dados da empresa. “Abertura do processo competitivo para a venda dos terminais de Gás Natural Liquefeito (GNL) no Rio de Janeiro e no Ceará, com termelétricas associadas a esses terminais. A capacidade de regaseificação é de 20 milhões de m3 por dia no terminal do Rio de Janeiro e de 7 milhões de m3 por dia no terminal do Ceará”, diz a nota.

O Jornal “Valor Econômico” anunciou que apurou pelo menos quatro empresas interessadas, todas estrangeiras: a francesa Engie, a japonesa Mitsui, a espanhola Gas Natural Fenosa e a americana Cheniere. No mercado, a avaliação é de que os terminais tenham um valor de cerca de R$ 1 bilhão cada um.

Para o Sindicato, atitude é uma afronta ao Estado e aos trabalhadores.

Além disso, há desinvestimentos na Lubnor (Fortaleza) e na Usina de Biocombústivel (Quixadá) e ameaças de fechamento de plataformas de exploração de petróleo no mar (Paracuru).

A saída da Petrobrás não afetará somente os municípios nas quais a Estatal está inserida, mas toda uma cadeia de produção, renda, emprego, projetos sociais, ambientais, tecnológicos e reduzirá o Índice de Desenvolvimento Humano no Ceará e no Nordeste.

O momento é o mais grave de todos os tempos para o Ceará. Por isso, o Sindipetro orienta que os petroleiros se preparem para uma greve de ocupação por tempo indeterminado.

Fonte: Sindipetro-CE/PI