Sindipetro Caxias realizou o 1º Encontro dos Grupos de Representação dos Trabalhadores do Benzeno do Estado do RJ

No último dia 11 de agosto, o Sindipetro Caxias sediou, em seu auditório principal, com a presença de cerca de 50 trabalhadores…





Sindipetro Caxias

No último dia 11 de agosto, o Sindipetro Caxias sediou, em seu auditório principal, com a presença de cerca de 50 trabalhadores, o 1º Encontro dos Grupos de Representação dos Trabalhadores do Benzeno do Estado do Rio de Janeiro que teve como tema “A conscientização é a melhor prevenção”. O evento foi realizado pela Comissão Estadual do Benzeno (CEBz/RJ), cuja coordenação está a cargo do Dr. Luiz Sérgio Brandão de Oliveira, Auditor Fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego e que também coordena a Comissão Nacional Permanente do Benzeno – CNPBz, e teve por objetivo a troca de experiências entre os membros dos GTBs de todo o Estado e a disseminação de boas práticas nessa área.

Na abertura do evento, o presidente do Sindipetro Caxias, Simão Zanardi, explicou o trabalho relativo à Reduc que está sendo feito junto ao Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e Receita Federal para discriminação dos riscos químicos, físicos e biológicos a que os trabalhadores estão expostos no seu Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). Tudo isso com a finalidade de obrigar a Petrobrás a fazer o recolhimento junto ao INSS da GFIP adicional, relativa à aposentadoria especial dos trabalhadores que compõem os Grupos Homogêneos de Exposição (GHE) ao Benzeno.

Ainda no período da manhã, a Procuradora do Ministério Público do Trabalho de Nova Iguaçu, Dra. Carina Rodrigues Bicalho, fez uma explanação acerca do escopo do MPT e do trabalho em relação à exposição do trabalhador ao Benzeno. A Procuradora ressaltou que a exposição ao Benzeno é qualitativa e não quantitativa como quer a Petrobrás. Todos os trabalhadores que estão expostos têm que fazer parte do PPEOB e precisam ser monitorados. A empresa tem que registrar o risco no Atestado de Saúde Ocupacional do empregado e recolher a GFIP adicional relativa à aposentadoria especial. Os presentes ainda puderam fazer perguntas à palestrante.

Antes do intervalo, os membros dos GTBs das empresas com representação na CEBz/RJ presentes (Reduc, Tecam e CSN) apresentaram um resumo do seu trabalho dentro das CIPAs.

Na parte da tarde, os pesquisadores da Fundacentro de São Paulo e maiores especialistas brasileiros no tema, fizeram suas explanações aos trabalhadores. A Dra. Arline Arcuri falou sobre as melhores práticas para prevenção à exposição ocupacional ao benzeno e o Dr. Albertinho Barreto de Carvalho sobre a medição do teor de benzeno no ambiente de trabalho.

Em seguida, os presentes se dividiram em dois grupos que debateram e trocaram experiências sobre o trabalho de prevenção que é feito dentro de cada empresa. Na plenária final, cada grupo expôs o que foi discutido, as ações a serem implementadas e as propostas que serão levadas à reunião da CEBz/RJ, marcada para o próximo dia 5 de outubro.

Estiveram representados no Encontro os Grupos de Representação dos Trabalhadores do Benzeno (GTB) da Reduc, Tecam e Companhia Siderúrgica Nacional de Volta Redonda (CSN). Empresas como a Petrobrás, a Cegelec e a CSN também enviaram seus representantes. Algumas entidades enviaram seus diretores, como o Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais e o Unificado de São Paulo, o Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda e o do Espírito Santo, o Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis do Rio de Janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Rio de Janeiro e a Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ), bem como a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro.