Na sexta-feira, 14/06, o Brasil vai parar. A greve geral convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais está ganhando força e adesão. O movimento é contra a reforma da previdência, os cortes na educação, o desemprego e os ataques do governo ao meio ambiente, à Soberania Nacional e às empresas públicas e estatais.
Os petroleiros fazem parte de uma dessas categorias que já decidiram participar da greve. Em assembleias que aconteceram no Sistema Petrobrás em todo o Brasil, eles aprovaram a adesão ao movimento paredista.
Os rodoviários, metroviários, comerciários, bancários, químicos, petroquímicos, estudantes, professores, servidores públicos estaduais e municipais também já apontaram a participação na greve. Há também a possibilidade de adesão dos caminhoneiros.
Orientação para a greve
Portanto, no dia 14/06, o Sindipetro Bahia orienta a categoria petroleira a não ir trabalhar. Haverá corte de rendição a partir da meia noite do dia 13/06, com greve de 24 horas. Em caso de dúvida, o trabalhador deve procurar o diretor da sua base para mais informações.
Na manhã da sexta-feira (14) os petroleiros e petroleiras devem se deslocar até o edifício Torre Pituba (EDIBA), onde companheiros (as) de várias unidades do Sistema Petrobrás estarão reunidos.
Mesmo aqueles que ainda não tenham acordado para a gravidade do que está acontecendo hoje no país e – no caso dos petroleiros, com a Petrobrás, que está sendo desmontada e preparada para a privatização – a instrução é que não vá trabalhar, mesmo porque não haverá transporte público e as rodovias estarão bloqueadas pelos grevistas.
À tarde, há outro compromisso. A ideia é que todos vistam seus jalecos laranja e participem da manifestação que está marcada para acontecer nesse mesmo dia no Campo Grande, às 15h.
O ponto de encontro da categoria será nas proximidades do Teatro Castro Alves.
Diante da gravidade do momento, os petroleiros precisam mostrar para a sociedade o que está acontecendo com a Petrobrás, principalmente na Bahia, onde a nova gestão da estatal quer encerrar suas atividades.
Brasil de marcha à ré
A manifestação de 14 de junho é uma grande oportunidade para a categoria petroleira mostrar unidade e se inserir na luta que é de todos nós. Afinal, o que está em jogo é o nosso futuro e de também o de nossos filhos e netos.
Nos planos de entreguismo do Ministro da Economia, Paulo Guedes, 134 estatais, das quais 88 são subsidiárias serão privatizadas. A Petrobrás, por exemplo, tem 36 subsidiárias, a Eletrobras, 30, e o Banco do Brasil, 16.
Mas o desmonte que o governo Bolsonaro está fazendo não é só da Petrobrás, mas de todo o Estado brasileiro. Além de anunciar, recentemente, novos cortes na educação, o ministro da área defendeu o fortalecimento do ensino superior particular. Já a proposta da reforma da previdência não combate privilégios, deixa de fora, por exemplo, os militares e suas filhas que vão continuar com pensão cinco vezes maior do que a do INSS. Já as viúvas, viúvos e órfãos vão perder 40% da pensão por morte e o trabalhador que conseguir se aposentar vai receber um benefício reduzido.
Enquanto isso, o governo segue com sua agenda ideológica e destruidora ao liberar 166 agrotóxicos, sendo que 24 destes são considerados “altamente tóxicos” e 49 estão dentro da escala dos “extremamente tóxicos”. E o desemprego? Esse já atinge 13,4 milhões de brasileiros (dados de março).
O fundo do poço ainda não chegou, mas pelo andar da carruagem vai chegar daqui a pouco. E o pior, é que pode não haver volta a não ser que o povo diga um basta a todo esse retrocesso. Essa é a importância da greve geral do dia 14/06.
Estão à frente da organização do movimento, a CUT e demais centrais sindicais – Força Sindical, CTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Nova Central, CGTB, CSB e UGT -, além das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.
[Sindipetro Bahia]