A direção do Sindipetro Bahia está acompanhando com muita preocupação o derramamento de óleo que atingiu as praias do Nordeste brasileiro, chegando à Bahia. Já são 139 locais de diferentes municípios atingidos, prejudicando a fauna marinha, causando danos ambientais e afetando o turismo na região.
O Sindipetro está organizando um movimento solidário, para se juntar aos outros que já começaram a atuar fazendo a limpeza das praias. Além dos diretores do sindicato, muitos petroleiros e petroleiras se colocaram à disposição para fazer parte do movimento. O mutirão vai acontecer no próximo domingo (20) em uma das praias impactadas. O local será definido em breve.
A própria Petrobras, seguindo sua tradição, que vem desde a origem da empresa, está atuando na limpeza das praias, junto com outros órgãos, a exemplo do IBAMA. Mesmo sem ter nenhuma responsabilidade com esse desastre ambiental, a estatal segue também identificando a origem do óleo e ajudando na investigação para identificar os autores do derramamento.
Nesse contexto, o Sindipetro chama a atenção para a importância de uma empresa pública que se preocupa com o meio ambiente e com o seu país de origem. “Apesar do descompromisso da atual gestão da Petrobrás com o termo “responsabilidade social e ambiental”, da sua decisão de sair do Nordeste e da sua opção de priorizar o lucro para os seus acionistas privados, a empresa está contribuindo para ajudar na resolução do problema. Isso porque esta prática está arraigada nas raízes da Petrobras e, felizmente, não tem como ser deixada de lado de uma hora para outra”.
O Sindipetro também estranha o fato de empresas privadas de petróleo que atuam no Nordeste e em outras regiões do Brasil não terem se manifestado para ajudar na limpeza das praias. A Shell, por exemplo, já deveria estar contribuindo para tentar amenizar esse grande desastre ambiental, uma vez que já foram encontrados toneis com a identificação da empresa em algumas praias atingidas pelo óleo.
Faz parte da historia da Petrobras o compromisso com o meio ambiente, com as comunidades onde atua, com projetos sociais e ambientais, a exemplo do projeto Tamar, reconhecido em todo o mundo, e com projetos específicos com pescadores, em diversas localidades.
Como isso se dará no futuro se a saída da Petrobras do Nordeste se concretizar? Se situações como essas voltarem a acontecer, as companhias privadas vão agir da mesma forma que uma empresa pública? E se as próprias empresas forem as responsáveis pelo desastre ambiental como aconteceu com a Vale do Rio Doce em Mariana e Brumadinho?”São perguntas que precisam ser respondidas.
[Via Sindipetro Bahia]