Na noite de quarta-feira (10) houve um vazamento de óleo no Terminal de Madre de Deus, subsidiária da Petrobrás que também foi colocada à venda, juntamente com a Refinaria Landulpho Alves.
O vazamento do óleo combustível no PS (pier secundário) aconteceu devido a ocorrência de um furo em uma das tubulações durante o carregamento de navio usado para transporte e operação de abastecimento de navios ancorados em Salvador.
Não houve danos ambientais maiores, pois a ocorrência foi prontamente identificada pela equipe operacional presente interrompendo-se a operação e agindo no combate à propagação do produto que caiu no mar. Após algumas horas, o vazamento estava contido restando apenas pequenos resíduos que alcançaram outros píeres, mas sem maiores danos.
Detectado no início, o vazamento pôde ser contido pois havia no local uma equipe operacional treinada para agir nesse tipo de situação. Equipe esta que será reduzida pela metade nos próximos meses devido a saída de vários profissionais através do PIDV (plano de desligamento) promovido pela Petrobrás e sem ser acompanhado de uma devida reposição de quadros. Então, a pergunta que se faz: quando acontecer de novo, será que haverá à disposição do meio ambiente e das pessoas a mesma eficiência na contenção dos danos?
É importante também ressaltar que esse tipo de incidente é resultado do sucateamento da Petrobrás e suas subsidiárias. Afinal, furo em tubulações estão relacionados à fragilidade do material seja pela má qualidade ou pela própria degradação do uso e tempo. Sejam quais dos motivos, a forma de se evitar isto é com investimento em manutenção, inspeção e a substituição dos trechos identificados como já danificados.
Porém, a atual gestão da Petrobrás tem escolhido não investir na integridade da empresa e suas subsidiárias, ainda que isto ponha em risco o meio ambiente e a vida das trabalhadoras, trabalhadores e demais pessoas que vivem no entorno do Terminal.
Tudo isso para acelerar a privatização dessa grande e importante empresa, prejudicando o povo brasileiro e ferindo a soberania nacional.
[Da imprensa do Sindipetro Bahia]