Nesta terça-feira, dia 28/02, o Conselho de Administração (CA) da Petrobrás, principal instância decisória da estatal, vai se reunir. Ainda há outra reunião ordinária do Conselho prevista para o final do mês de março, além da possibilidade de reuniões extraordinárias que podem ser marcadas.
Para o Sindipetro Bahia, o Conselho que ainda tem na sua composição representantes do ex-presidente Bolsonaro, não pode ter autonomia para tomar decisões importantes, que sejam pautadas por uma visão que não corresponde à orientação política do governo Lula, que é quem hoje controla a Petrobrás, essa grande e importante empresa brasileira.
Ao todo, são 11 conselheiros. Destes, temos a certeza dos votos de apenas dois, que são a representante dos empregados no CA, Rosangela Buzanelli e o novo presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates. Cinco destes conselheiros foram indicados por Bolsonaro, inclusive o presidente do Conselho, três são minoritários e 1 foi Indicado pelos Acionistas Detentores de Ações Preferenciais para eleição em separado.
Para o Sindipetro, este Conselho não tem legitimidade para tomar nenhuma decisão que venha interferir no futuro da Petrobrás e que seja contrária à nova política instituída pelo governo Lula para a estatal.
Pelas regras de governança da Petrobrás, o novo Conselho, com seis nomes indicados pelo governo Lula (incluindo o presidente da estatal, Jean Paul Prates), só será eleito no dia 07/04, na assembleia de acionistas. Em seguida, os nomes dos indicados vão ter o currículo avaliado por um comitê da empresa para só então assumirem seus mandatos. Até lá, na prática, a estatal segue sob a influência do governo Bolsonaro. Devido a esta difícil situação, o Sindipetro espera que o CA não paute nenhum assunto importante e deixe as decisões serem tomadas pelo próximo Conselho.
[Da imprensa do Sindipetro Bahia]