A mobilização, que reivindica também a suspensão do equacionamento da Petros, acontece nesta quarta, às 8h, em frente à sede da Petrobras, no Itaigara, em Salvador
[Da imprensa Sindipetro Bahia]
O Sindipetro Bahia convoca a categoria petroleira – trabalhadores de várias unidades da Petrobrás, aposentados, pensionistas e todos que trabalham em regime de home-office – para participar de um grande ato em defesa da Petros e pela reabertura imediata do Edifício Torre Pituba.
A mobilização vai acontecer nesta quarta-feira (29), às 8h, em frente ao edifício sede da Petrobrás, em Salvador, denominado Torre Pituba (Av. Antônio Carlos Magalhães, 1113 – Itaigara).
O ato nacional, convocado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), acontece no mesmo dia em que a nova diretoria da Petrobrás toma posse e pretende chamar a atenção para os inúmeros problemas vividos, principalmente por aposentados e pensionistas, devido ao pagamento de contribuições extraordinárias, impostas pelos atuais equacionamentos dos déficits do fundo de pensão Petros (PED 2015 e PED 2018) que reduziram o valor dos seus benefícios.
Está prevista para o mês de abril, a cobrança de mais um equacionamento, o que vai complicar ainda mais a vida financeira dos aposentados e pensionistas petroleiros. A FUP e o Sindipetro Bahia defendem a suspensão da cobrança deste novo equacionamento e querem negociar com a direção da Petrobrás e da Petros soluções definitivas para o fortalecimento e sustentabilidade da Petros e o fim das cobranças do equacionamento.
O fim das privatizações que continuam sendo tocadas por bolsonaristas que ainda fazem parte da diretoria e do Conselho de Administração da Petrobrás e a volta dos investimentos e retomada das atividades da estatal na Bahia são outras importantes bandeiras de luta que serão levantadas no ato desta quarta.
Em sua visita à Bahia, em meados do mês de março, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, anunciou a possibilidade da abertura e retomada das atividades no edifício Torre Pituba, onde funcionava a sede administrativa da estatal em Salvador, desmobilizado pelo governo Bolsonaro.
O anúncio causou grande expectativa entre os petroleiros, pois muitos deles tiveram de abandonar suas famílias para viver em outros estados. Eles foram transferidos em um processo conturbado, com inúmeras denúncias de assédio moral e adoecimento mental. O que levou, em 2019, o Ministério Público do Trabalho (MPT) a mover uma ação de assédio moral organizacional contra a Petrobrás, resultando em um acordo assinado entre a Petrobrás e o MPT, criando regras para as transferências.
Benefícios para a economia baiana
“Mas além da questão corporativa, há um ganho maior com o retorno das atividades administrativas da Petrobrás para a Bahia”, salienta o Coordenador do Sindipetro, Jairo Batista, lembrando que a maior beneficiada será a cidade do Salvador e também os médios e pequenos comerciantes, principalmente aqueles que atuam nos bairros da Pituba e do Itaigara.
O edifício Torre Pituba tem 22 andares, conta com 224 estações de trabalho por andar, mais de 2.600 vagas de estacionamento e poderia abrigar quase cinco mil postos de trabalho. O Sindipetro defende que a Petrobrás volte a centralizar suas atividades administrativas na Bahia, como ocorria antes do governo Bolsonaro. “O prédio, pela sua dimensão, tem capacidade de sediar atividades da Petrobrás de todas as regiões do Norte e Nordeste e até mesmo de parte do Sudeste do país, o que pode gerar milhares de empregos e ainda impostos e desenvolvimento para Salvador e para a Bahia”, argumenta o Diretor de Comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa.