Sindipetro-BA
A direção do Sindipetro Bahia tomou conhecimento nesta manhã de segunda (3\12) de que houve um incêndio na RLAM na última sexta (30\11), na Unidade 32, durante a madrugada. Área de extremo perigo, o fogo ocorreu em duas bombas na principal unidade de processo de destilação, mas a atuação de técnicos de segurança e brigadistas impediu um desastre de grandes proporções na Refinaria.
Mantido em sigilo absoluto, o que contradiz uma boa política de transparência, a RLAM investiga as causas e a direção sindical procura levantar mais informações sobre o que ocorreu e qual a extensão dos riscos a que estiveram submetidos trabalhadores e a população do entorno da RLAM.
Ironia ou não, mais um incêndio ocorre na troca do comando na Refinara; nesta segunda (3\12) assumiu o novo GG, Nei Argolo, em lugar de Cláudio Pimentel, que deixa o cargo no “rastro” de mais um incêndio.
O Sindipetro vem denunciando faz tempo a falta de investimentos em infraestrutura e manutenção na Refinaria. Agora mesmo a presidencia da estatal determinou cortes em vários setores sob justificativa de “redução de custos”, em especial com as contratações terceirizadas. Na área da segurança patrimonial, por exemplo, tem-se a informação de que esse “corte” chega a R$8 bilhões (nacional), com sérios prejuízos à segurança das pessoas e da empresa.
Segundo relato do direto Deyvid Bacelar, o fogo começou na bomba de carga que em alta temperatura pega o petróleo dos tanques e manda para as demais unidades na RLAM. Ao entrar em contato com oxigênio, o fogo destruiu o corredor de bombas e alcançou o Norte da U-32. Para debelar o incêndio, foi necessário convocar toda a Brigada, no momento do fogo só tinha 20 brigadistas no turno.
Ainda segundo o diretor do Sindipetro Bahia, a coragem do operador e a ação dos brigadistas, com o uso de muita água (chamada neblina), foram determinantes para se chegar até a bomba e fechar a válvula manualmente, o que revela a falta de investimento em tecnologia na Refinaria.