Diante das dificuldades enfrentadas pela Petrobrás nos últimos tempos; da realização de mais uma rodada de licitações de blocos exploratórios, recentemente anunciada pela ANP; e dos rumores sobre o novo Plano de Negócios e Gestão 2015/2019, o Sindipetro-RN inicio na última sexta-feira (12) a agenda de reuniões com as gerências gerais da Petrobrás no Rio Grande do Norte.
O primeiro encontro, realizado na Sede Administrativa da Companhia, em Natal, contou com a participação dos representantes da Gerência de Construção de Poços Terrestres (CPT), Francisco Queiroz (gerente geral) e Luis Alberto (gerente de RH). Pelo Sindicato participaram os diretores Ricardo Peres, Soégima Cristina, Alexandre Domingos e Márcio Dias.
A fim de avaliar os impactos de uma eventual reestruturação para os trabalhadores do setor e para a sociedade norte-rio-grandense, os representantes dos trabalhadores solicitaram mais esclarecimentos sobre as perspectivas de atuação e os investimentos da Petrobrás no Estado. As relações sindicais com a Companhia também foram objeto da discussão.
Os representantes da Gerência de CPT afirmaram desconhecer mudanças, e confirmaram que a Empresa não fez nenhum comunicado oficial sobre fusões de setores ou diretorias, não havendo nada de concreto sobre o assunto. Para ambos, informações sobre uma possível reestruturação organizativa da Petrobrás, e sobre o novo PNG, ainda não passam de boatos e especulações.
Sobre investimentos no RN, nenhuma novidade. Foram mostrados mapas com os blocos ofertados pela ANP na 13ª rodada de licitações, localizados na Bacia Potiguar. Segundo o gerente da CPT, “a viabilidade de implantação de novos projetos, diante da concorrência de outros países produtores e do atual preço do barril de petróleo, vem se tornando cada vez mais difícil”.
“A sondagem é uma atividade que tem se reduzido em toda América Latina, e a previsão é de melhora só daqui a três anos, em 2018. Para o Estado, o certo é a perfuração de novos poços no Estreito, em Alto do Rodrigues, aprovada no ano passado, que vai demandar atividade até 2017. Mas a retração nacional é reflexo do mercado internacional”, ponderou o gerente da CPT.
Além dessa pauta geral, que o Sindipetro-RN debaterá em todas as gerências regionais, os representantes dos trabalhadores também lembraram que certos gestores costumam se aproveitar dos momentos de crise, como o que se apresenta, para promover ataques a diretores da entidade como forma de intimidar e enfraquecer a categoria.
Os sindicalistas argumentaram que “essa prática ganha sempre mais força em momentos em que a correlação de forças é mais desfavorável para os trabalhadores”, e que esperam “uma atitude diferente por parte das gerências e chefias que compõem a Construção de Poços Terrestres”.
Ao fim da reunião, os dirigentes da empresa afirmaram que estão abertos ao diálogo visando novos esclarecimentos, e que estão comprometidos a levar informação sobre o novo PNG da Companhia, tanto ao Sindicato, como às áreas de produção no Estado. Por sua vez, os representantes do Sindipetro-RN ressaltaram que a entidade está atenta e que está pronta e disposta a dialogar em defesa dos interesses dos trabalhadores.
Fonte: Sindipetro-RN