Durante a última reunião da Direção Colegiada (21), o Sindipetro Paraná e Santa Catarina recebeu representantes do Serviço Compartilhado Sudeste / Sul da Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS) Luis Fernando e Renato Trezena.
A visita ocorreu por solicitação do Sindicato, que há tempo cobra soluções para os problemas da AMS na região. O ponto mais debatido foi a operacionalização de credenciamentos de profissionais e instituições de saúde.
O Sindicato pediu informações sobre o andamento do processo de novos credenciamentos e reivindicou a criação de um serviço compartilhado exclusivo para a região Sul, tendo em vista os recorrentes problemas de atendimento médico e realização de procedimentos, conforme deliberação do 1º Encontro de Petroleiros do Sul. Os funcionários da AMS se comprometeram a levar a solicitação para a gerência do compartilhado para que seja analisada.
A maioria das reclamações dos usuários da AMS sobre os problemas da rede credenciada vem de Santa Catarina. Diminuição do número de profissionais, clínicas e hospitais que aceitam a AMS é a principal queixa. Questionados sobre uma solução, Luis e Renato afirmaram que o reajuste da tabela de atendimentos e procedimentos está em fase de negociação com o Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (Cosemesc) e com isso se espera o aumento da rede credenciada.
Os representantes ainda relataram que o Sistema Operacional da AMS está sendo modernizado para agilidade na autorização dos procedimentos, controle dos credenciamentos e pagamento dos profissionais. Também assumiram o compromisso de repassar o relatório mensal de credenciamentos para o devido acompanhamento do Sindicato.
A avaliação do Sindipetro é que o encontro foi produtivo pelo fato de abrir um canal de negociação com a AMS. As reivindicações colocadas aos representantes da Assistência Médica são o resultado de intermináveis queixas vindas dos usuários.
Análise
Para entender os problemas crônicos da AMS, contraditórios aos avanços obtidos via Acordo Coletivo de Trabalho, é conhecer o modelo adotado pela Petrobrás para a gestão da AMS, o qual coloca o gerenciamento nas mãos do RH/Sede e a operacionalização via Compartilhado, tudo para não funcionar com a agilidade e autonomia necessárias, pior, sustentado por software adquirido na década de 90 da Vale do Rio Doce, uma verdadeira carroça do tempo dos monitores fósforo verde, daí esperar que com o apoio de uma ferramenta carroça dessas o nosso plano de saúde levante voo, agravado pelas exigências legais cada vez maiores da Agência Nacional de Saúde. Resumo da ópera: enquanto os usuários se degladiam com o engessado Compartilhado, os gestores fazem política de prefeitura de interior, onde a clientela depende da benção dos gestores para liberarem os procedimentos urgentes… é um atentado contra a vida.
O Sindicato manterá seu papel de sempre pressionar e lutar para que os problemas da AMS sejam solucionados, visando o bem estar da saúde dos petroleiros e petroleiras.