O Sindipetro-NF recebeu denúncia de trabalhadores da Petrobrás, em uma plataforma da UO-Rio, de que a gerência da unidade submeteu trabalhadores terceirizados a uma jornada extenuante e sem atendimento de condições obrigatórias de segurança. O caso é grave e está em apuração pela entidade.
O sindicato solicitou dos trabalhadores o envio de mais informações, a realização de uma reunião extraordinária de Cipa e a produção de um documento coletivo que detalhe a ocorrência. A plataforma está com efetivo reduzido.
As informações iniciais são as de que dois técnicos de instrumentação contratados, após um dia exaustivo de trabalho no guindaste, foram “convidados e autorizados” pelo Coman (Coordenador de Manutenção) a fazer um serviço após o expediente, sendo convencidos de que seria rápido o serviço.
De acordo com o diretor do Sindipetro-NF, Leonardo Ferreira, a tarefa consistia em instalar uma linha de tubbings — tubo de pequeno diâmetro — entre as bombas de produtos químicos.
“A PT (Permissão de Trabalho) deveria ser emitida com APN2 (Análise Preliminar de Nível de risco), já que a pressão da linha era de 180 Kgf/cm2, mas o trabalho acabou sendo executado com uma PT simples e com um número de GIM (documento de Gestão Interna de Mudanças) que, ao que tudo indica e ainda estamos apurando, pode ter sido inventado”, relata o diretor.
O operador teria sido coagido a emitir a PT nestas condições irregulares e o serviço, que “era rápido”, durou 10 horas, se estendendo até às 5 da manhã do outro dia, fazendo com que a jornada dos trabalhadores envolvidos durasse 22 horas.
O sindicato indica ainda que trabalhadores de outras plataformas onde estejam acontecendo situações semelhantes enviem denúncias coletivas para a entidade.
Fonte: Sindipetro-NF