Sindicato é coisa séria: Leia o editorial da FUP sobre eleições na Bahia e PLR

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FUP

Divisionistas são fragorosamente derrotados na eleição do Sindipetro-BA e nas assembleias de PLR

Nesta última semana, duas campanhas relevantes para a organização da categoria petroleira colocaram em xeque a política de desconstrução imposta pelo agrupamento que faz oposição à FUP. Os divisionistas foram fragorosamente derrotados nas assembleias que aprovaram o regramento da PLR e também na eleição do Sindipetro Bahia, um dos maiores sindicatos petroleiros do país. A chapa 2, formada por militantes da FUP, da CUT e da CTB, conquistou 2.509 votos, quase o dobro da Chapa 1 (1.482), cujos integrantes fazem parte da já desgastada turma do contra, a mesma que foi massacrada nas assembleias que consolidaram o vitorioso acordo de regramento da PLR.

Nas urnas e nas assembleias, a categoria está dando um basta àqueles que há oitos anos, desde que saíram da FUP, nada fazem e nada propõem para avançar nas lutas dos trabalhadores, estagnados na retórica caduca da negação pela negação. Assim agiram em relação à PLR e assim tem sido em todas as campanhas de negociação com a Petrobrás. Chegaram ao absurdo de exigir que a empresa não aplicasse as novas regras para a PLR 2013, mesmo sabendo que isso significaria prejuízos financeiros para os petroleiros.

Sem discurso e ação sindical e nem mesmo unidade entre eles, os divisionistas bateram cabeça para tentar justificar o injustificável: uns fincaram pé e defenderam veementemente a rejeição do acordo, outros sequer sustentaram seus argumentos nas assembleias e aqueles que posam de mais radicais propuseram uma aliança com a justiça burguesa para garantir a quitação da PLR 2013 conforme o regramento que eles tanto defenestraram. Foram massacrados pelas bases. Só em uma assembleia, no edifício sede da Petrobrás, que deveria ser o cartão de visitas do Sindipetro, foram 258 votos a favor do acordo conquistado pela FUP e 11, contrários. E a direção do RJ ainda comemorou o fato da sua base poder receber junto com os sindicatos da FUP!

O episódio mais lamentável, no entanto, ocorreu no Sindipetro Pará, cuja direção é dominada há décadas pelo PSTU. Os trabalhadores rejeitaram o regramento, confiando na proposta absurda dos divisionistas de buscar na justiça a extensão do acordo que eles mesmos indicaram a rejeição. Menos de 48 horas depois, refizeram as assembleias, alegando que o “cenário nacional” não lhes era favorável.

Que dirigente sindical deixa os trabalhadores completamente à deriva e reféns de suas atrapalhadas políticas? É assim que agem os divisionistas, de forma aventureira e irresponsável, sem qualquer protagonismo ou ação sindical. Orbitam em torno de disputas e picuinhas e nada fazem em prol do trabalhador. Sindicato é coisa séria. É o principal instrumento de organização dos trabalhadores.  Os petroleiros sabem disso e continuarão apontando nas urnas que o fortalecimento da FUP na reconstrução da unidade nacional é o caminho para avançar nas lutas da categoria.