Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia denuncia insegurança com trabalhadores da Fafen

Na segunda-feira, dia 15/03, por volta das 17h, durante a partida da Unidade de Amônia da Fafen…





Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia

Na segunda-feira, dia 15/03, por volta das 17h, durante a partida da Unidade de Amônia da Fafen, ocorreu um incêndio na ponta do cabeçote de um trocador de calor de gás. Durante o combate ao fogo, o condensado de vapor quente respingou nas costas de um operador provocando-lhe queimaduras. O trabalhador foi atendido no posto médico da empresa e depois liberado para sua residência.

Após debelar o incêndio e sem ter resolvido totalmente o vazamento de gás, a gerência da Fafen insistiu em dar continuidade à partida da planta, sendo necessárias a união e organização dos trabalhadores que utilizaram o Direito de Recusa para não prosseguir com as manobras até que o vazamento de gás fosse sanado. Tivemos informações, inclusive, que no dia anterior ao acidente foi realizada uma modificação no sistema de intertravamento de um equipamento crítico da unidade de Amônia e a gerência, na pressa para dar partida à planta, não testou a atuação do novo sistema, colocando em risco a segurança dos trabalhadores.

No dia seguinte ao incêndio, no dia 16/03, por volta das 15h, na partida da Unidade de Uréia, mais uma vez foi grande a pressão em cima dos trabalhadores para iniciar logo a produção. Na parte da tarde houve uma emanação de amônia na atmosfera que acabou se alastrando para outras fábricas próximas. Por medida de segurança, a Fafen interditou a rua Eteno, impedindo a saída e entrada dos veículos para evitar mais acidentes. A pista foi liberada no final da tarde.

Queremos alertar à gestão da unidade que pressionar os trabalhadores para apressar a produção não leva ao comprometimento dos mesmos com as metas da empresa, pois os problemas de gestão da Fafen não serão resolvidos dessa forma, demonstrando irresponsabilidade com a segurança dos trabalhadores. Estamos de olho e a Fafen deve entender, de uma vez por todas, que não há lucro que pague uma vida.