Na segunda-feira, 14/08, aconteceu uma reunião com a PetroRecôncavo, solicitada pela diretoria do Sindipetro Bahia para tratar sobre as 26 demissões que aconteceram na empresa.
A reunião, que contou com a presença do coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, dos diretores Radiovaldo Costa, Adson Brito, Ubiraney Porto, Luiz Matos Júnior e do assessor jurídico do sindicato, o advogado Clériston Bulhões, foi marcada por intenso debate e posições firmes do sindicato que mostrou à empresa uma total insatisfação em relação à demissão em massa, “que deixou dezenas de pais e mães de família desempregados, e pior, em um momento onde acontece no país uma crise política e econômica, com altos índices de desemprego”.
Além disto, ponderou o diretor Radiovaldo, “consideramos como mais um agravante as demissões terem ocorrido próximas à data da campanha reivindicatória da categoria, que é o mês de setembro”. Para justificar as demissões, a direção da empresa alegou dificuldades financeiras, afirmando estar realizando ajustes para manter o nível de produção de petróleo e informando que irá fazer outras contratações para garantir a operação de uma nova sonda de produção, pois, segundo ela, os trabalhadores demitidos são de outras áreas.
Os diretores do Sindipetro argumentaram que não é possível haver demissões coletivas, sem sequer ter tido um comunicado prévio à entidade sindical, para que, “caso sejam de fato inevitáveis, que possam ser menos traumáticas, causando o menor impacto possível para aqueles que saem e também para os que permanecem na empresa, pois sempre há a dúvida se novas demissões vão acontecer, gerando tensão e insegurança”. Após inúmeras cobranças e questionamentos do sindicato, a PetroReconcavo garantiu que, nesse momento, não ocorrerão novas demissões por conta de redução de despesas.
Em relação à demissão do dirigente sindical, Luiz Matos Júnior, o coordenador do Sindipetro, Deyvid Bacelar, deixou claro para a empresa que o sindicato não aceitará essa demissão “ilegal, arbitrária, antissindical e que fere o direito de organização dos trabalhadores”, lembrando ainda que “Matos, como dirigente sindical eleito, tem a estabilidade provisória garantida pela lei, até um ano após o seu mandato”.
A diretoria do Sindipetro conseguiu o compromisso da empresa de reavaliar a demissão do diretor, Luiz Matos Júnior, em reunião interna da gestão superior da PetroReconcavo. Em comum acordo foi suspensa a homologação da demissão do dirigente sindical, que estava marcada para acontecer nessa quinta-feira, 17/08. Uma nova negociação foi agendada para o dia 22/08, quando a empresa dará sua resposta definitiva sobre o assunto.
Fonte: Sindipetro-BA