Sindicato denuncia tentativa de terceirização na Regap e em Montes Claros

Sindipetro MG
 
Há poucos dias, o Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG) denunciou que na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Grande Belo Horizonte, estavam querendo implantar a "lista de cobertura" para buscar trabalhadores de turno em casa e acabar com as dobras. O Sindicato mostrou que isso seria o "ovo da serpente". Isto é, esta "lista" era o prenúncio de que coisas piores estavam para acontecer na refinaria e em todo Sistema Petrobras.
 
Não demorou muito e a direção da empresa, denuncia o Sindipetro-MG, já está colocando em prática um maquiavélico plano que só piora a situação do trabalhador. O incentivo para que os petroleiros mais antigos saiam sem a devida recomposição do efetivo é um exemplo. Outro exemplo: em Montes Claros, o gerente avisou que vai acabar com o turno no laboratório (QP). De acordo com o Sindipetro-MG, querem terceirizar o trabalho no laboratório. Vão tornar precárias as condições de trabalho no QP e ainda caminham para entregá-lo a alguma empresa terceirizada. Os trabalhadores estão revoltados e o Sindipetro/MG não vai aceitar mais esse ataque aos petroleiros e à Petrobras.
 
A administração da presidente da empresa, Graça Foster, segundo o Sindipetro-MG, não fica devendo nada aos dirigentes neoliberais que já passaram pelo comando da Petrobrás na era FHC. A política de cortar turno em laboratório e terceirizar já foi usada na Regap. Os resultados foram trágicos. Os trabalhadores próprios trabalhavam só no HA e os terceirizados não tinham treinamento suficiente para dar conta de todas as tarefas. A eficiência dos trabalhos caiu, causando mais prejuízos que lucros para a empresa. O turno acabou, retornando ao laboratório com os trabalhadores petroleiros.
 
Mas, avalia a direção do Sindipetro-MG, parece que a gerência da Petrobrás quer cometer os mesmos erros do passado, impondo um corte de despesas que já foi provado que não funciona. 
 
Os trabalhadores, os sindicatos e a FUP já garantiram que não vão aceitar esta política administrativa desastrosa, que é um retrocesso aos anos de chumbo do governo FHC e vão lutar por uma administração que tenha como prioridade a segurança, o respeito aos trabalhadores.