Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo
Os técnicos da Transpetro que participaram das setoriais realizadas em Guararema e na sede do Sindicato debateram as condições de trabalho no sobreaviso. Um dos pontos levantados foi a necessidade de haver dois técnicos e um motorista nos chamados, que ocorrem, na maioria das vezes, durante a noite em lugares ermos e distantes.
Em vários setores os técnicos que fazem o sobreaviso realizam o trabalho sozinho e sem o apoio de motorista, realizando uma dupla tarefa, mesmo a empresa sabendo do agravamento dos riscos do trabalho realizado nessas condições.
Retrocesso na malha do gás
Na malha do gás, o sobreaviso ainda possui motorista, contudo a gerência vem dando sinais de que pretende passar para o sobreavisado a função de dirigir, aumentando exponencialmente os riscos de acidente desses trabalhadores, que nem lanternas possuem para realizar as atividades noturnas. “Isso demonstra a total despreocupação da gerência com relação à vida dos trabalhadores”, critica o diretor do Unificado, Felipe Grubba.
Até o momento, os trabalhadores não receberam nenhum posicionamento oficial da gerência local, que recentemente passou a adotar essa prática no grupo da Ecomp sem ao menos formalizar, treinar e realizar uma gestão de mudança, isso nos leva a uma pergunta: Para que servem as normas da empresa?
Recentemente, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, disse que quer vazamento zero e acidente zero, entretanto a percepção do trabalhador não é essa, pois alguns gerentes se mostram mais preocupados com o lucro do que com a segurança dos petroleiros.