Sindicato denuncia manobras da Regap para punir trabalhadores

 

Sindipetro-MG

Na Regap temos vasta documentação implantada pela gerência. São inúmeras regras operacionais e de emergência,  liberação ou condicionamento de algum equipamento ou unidade, cujo objetivo é  resguardar a chefia de alguma coisa errada que possa ocorrer. Quando ocorre, eles têm sempre um ou mais operadores para culpar.  

Eis as normas:
PEM, ASM, SINPEP, APR nível 1 e 2, PIN, VDV, PT, LIBRA, RESP.

Vejam a constatação do previsto nos acidentes descritos abaixo:

Na quarta-feira, dia 02 de maio, o Grupo 5, que voltava de folga grande, foi atropelado pelo CTO para fazer duas jogadas simultâneas: a liberação de um bloqueio de saída do 101-E-14B e do bloqueio de contorno da 213-FV-111. Apesar das unidades estarem estáveis, um dos serviços poderia ser feito em outro dia. Mas a ordem foi fazê-las no mesmo horário, no início do turno, por imposição do CTO. Ao serem feitas no mesmo instante, provocou um congestionamento intenso no rádio, o que tornou difícil qualquer comunicação entre os TO’s da área e o painel.

Unidade 101
A liberação do bloqueio de saída do 101-E-14B pelo procedimento, deveria contornar a 101-C-03, e enviar a nafta com PVR alto para o tanque de resíduo. Esta jogada tinha PEM-ASM detalhada e outras documentações necessárias, mas num determinado momento, os “comandantes” desse serviço combinaram uma jogada que não estava na PEM. Mandaram um TO , que também participava da operação, abrir o “gogó” que interliga a descarga da 101-P-05 à sucção da 101-P-04. Essa manobra ocasionou distúrbios na 101-C-01, e queda do 104-K-01 (SECRA II), compressor que recebe gases de topo da torre. Isso ocasionou envio de gases para queima no topo da Tocha.

Unidade 213
Na liberação da unidade 213-FV-111 para troca do bloqueio do contorno, deveria ser contornado o 213-TQ-03 enviando água do 213-TQ-01, diretamente para a 213-C-02. Essa jogada é complexa e acabou ocasionando  distúrbios na U-213. As duas jogadas foram feitas conjuntamente, o que obrigou o  CTO e o TO, que coordenava a 101-C-03, a se deslocarem ora para a U-213 ora para a 101-C-03. Foi feito a RESP (Relato de Evento de Segurança de Processo) e a culpa foi jogada no TO, que cumpriu as ordens de seu chefe e abriu o bloqueio do gogó. As falhas da chefia que determinou a execução das duas manobras ao mesmo tempo e com o grupo voltando de folga grande, não são nem citadas no relatório