Na tarde de terça-feira (04) o Grande Expediente na Câmara Municipal de Canoas foi sobre a precarização da Refap. O presidente do Sindipetro-RS, Fernando Maia, falou sobre o estado que se encontra a refinaria, que vem colocando em risco os trabalhadores, o meio ambiente e a segurança da população vizinha.
Na quinta-feira, 06, foi realizada uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Esteio, para informar a comunidade sobre a grave situação em que se encontra a Refap.
Leia a matéria da Câmara de Canoas:
Grande Expediente, realizado na sessão desta terça-feira (4/7), tratou da possível redução no número de postos de trabalho na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). No espaço, proposto pelo vereador Ivo Fiorotti (PT), o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS), Fernando Maia da Costa, fez um alerta sobre o impacto da medida anunciada recentemente pela direção da Petrobras. Segundo a entidade, a precarização das atividades e o aumento de acidentes seriam os principais reflexos da ação.
A mobilização da categoria fez com que a empresa aceitasse esperar até o próximo dia 10 para dar início à redução. Segundo Costa, a entidade está tentando na Justiça impedir a aplicação da medida. Em 26 de junho, o Sindipetro-RS lançou uma carta aberta à população de Canoas e Esteio, na qual relata que a direção da Petrobras resolveu implantar, sem qualquer negociação com os trabalhadores e sindicato, a redução média de 25% dos números mínimos dos postos de trabalho em todas as unidades de refino de petróleo da empresa. “Trata-se de uma medida irresponsável, uma vez que os números mínimos de empregados já estão no limite ou até mesmo abaixo do quadro necessário para garantir a segurança operacional. O efeito imediato da diminuição de empregos é a precarização das condições de trabalho e o consequente aumento dos acidentes industriais”, diz o documento.
O presidente do Sindipetro-RS afirmou que a empresa tem adotado nos últimos anos uma política de redução de custos e de pessoal, que resultou na redução de quase 20 mil trabalhadores diretos em todo o sistema, além de 180 mil terceirizados. “É uma política que coloca em risco não apenas a unidade, mas os trabalhadores e a comunidade do entorno”, alertou.
Autor do Grande Expediente, o vereador Ivo Fiorotti ressaltou que o espaço buscou dar conhecimento da situação aos vereadores e à sociedade, principalmente em relação aos riscos envolvendo as comunidades próximas à refinaria. O parlamentar também convidou o secretário especial da Defesa Civil de Canoas, coronel Rodolfo Pacheco, para acompanhar a explanação. Pacheco lembrou que a cidade registra uma área de risco permanente e salientou que a redução de efetivo sempre compromete a questão da segurança.
Fonte: Sindipetro-RS e Câmara Municipal de Canoas