Sindipetro BA
Na semana em que a presidente da Petrobrás, Graças Foster, prestigiou no Rio o encontro das petroleiras fupistas e se desnuda o debate sobre os assédios moral e sexual, o Sindipetro Bahia organiza o Núcleo de Combate a esses dois recrimináveis comportamentos que infernizam e desestruturam social e profissionalmente a vida dos trabalhadores (as) na unidades do Sistema Petrobrás na Bahia.
O NUCAM – Núcleo de Combate ao Assédio Moral – foi definido no Iº Congresso dos Petroleiros e, através da Secretaria de Saúde, catalogará todas as denúncias, avaliando-as sob a coordenação de equipe multidisciplinar, formada por assistente social, psicólogo e advogado.
O coordenador geral do Sindipetro Bahia, Paulo César, fez relato no encontro das Petroleiras Fupistas e do primeiro caso tratado no NUCAM, do aposentado Amilcar Tapioca, vitima de humilhações, perseguições, pressões e outros tipos de assédio moral no ambiente de trabalho.
O Coordenador Geral do Sindipetro Bahia, Paulo César, que também esteve no encontro das petroleiras fupistas, denunciou os casos de assédio moral e sexual que ocorrem nas unidades do Sistema Petrobrás na Bahia, em especial os da RLAM.
Segundo ele, a direção da estatal tem conhecimento de tudo que ocorre na Bahia, pois as denúncias foram feitas à Ouvidoria Geral da empresa e estão sob apuração; o grave nisso tudo é que prevalece o corporativismo e uma cultura machista, retrógrada, nas diversas instâncias gerenciais.
A lamentar que uma empresa do porte da Petrobrás e suas Subsidiárias, com todos os certificados em seu currículo nacional e internacional, ainda permita esse tipo de atentado ao mundo feminino, tipificados na sociedade e na lei como crimes.
As consequências da prática de assédios, sejam eles de quais tipos forem, são desastrosos tanto no mundo do trabalho, como no pessoal e nas relações familiares. Há fatos que comprovam a extensão disso na saúde psíquica, com registros de estados depressivos e afastamentos do trabalho.
Recentemente, tivemos conhecimento de uma denúncia de assédio moral na RLAM, onde uma trabalhadora sentiu-se ameaçada e pediu demissão. Os diretores Deyvid Bacelar e Agnaldo Soares acompanharam o caso e inicialmente tentaram convencer a trabalhadora a desistir da demissão, sem sucesso. A assistente social do sindicato, Newma Bocanera, também não conseguiu demovê-la da decisão.
Na sexta (12\4), ao comparecer para homologar a rescisão, os diretores finalmente conseguiram reverter o pedido de demissão. Após ela chorar bastante, o sindicato notificou o preposto da empresa de que a trabalhadora não iria mais fazer a homologação.
Seguindo a orientação do Sindipetro Bahia, ela compareceu na segunda ( 15) ao RH dos Serviços Compartilhados da Petrobrás, no Conjunto Pituba e protocolou uma carta formalizando o cancelamento do seu pedido de demissão.
Este fato demonstra, na prática, os transtornos emocionais que o assédio moral e sexual podem causar na vida pessoal e profissional do trabalhador (a).
Fica o registro: a direção do Sindipetro Bahia não compactua com essa prática, denuncia reiteradamente a sua existência e dará acolhimento a todas os trabalhadores (as) que se sentirem ameaçadas em sua integridade pessoal e profissional.