Sindicato cobra investigação transparente das mortes no TABR

O Sindipetro-ES esteve nesta quarta-feira, 8, no Terminal Aquaviário de Barra do Riacho (TABR), junto com outros 100 trabalhadores para fazer um ato de luto em protesto pela tragédia ocorrida na terça, 7, na empresa, que resultou nas mortes dos trabalhadores da empresa Espiral Andaimes, Alex Ribeiro, 39 anos, e Oseias Damasceno, 27 anos.

 

Após o ato, a diretoria do Sindicato foi recebida pelos gerentes locais do TABR, o diretor de dutos e terminais da Transpetro, Paulo Pechiná, além dos gerentes de SMS da sede no Rio de Janeiro. O Sindipetro-ES reivindicou a formação de uma Comissão de Análise e Investigação de Acidentes transparente e que não se atenha em culpar as vítimas. Pechiná garantiu uma apuração imparcial do acidente.

De acordo com o diretor, as ambulâncias do TABR e do Terminal Norte Capixaba, solicitadas há mais de um ano pelo Sindipetro-ES, serão implantadas antes do fim do mês. As atividades desta quarta no terminal foram paralisadas até as 19h e os funcionários foram ao velório de Alex Ribeiro na Igreja Batista de Barra do Riacho. O velório de Oseias Damasceno também foi acompanhado por companheiros no município da Serra.

Acidente

O acidente aconteceu na manhã desta terça, 7, no momento em que os dois trabalhadores realizavam a manutenção na instalação oceanográfica do terminal. O andaime onde estavam desprendeu da ancoragem e foi para dentro da água, levando junto os trabalhadores, que estavam presos à estrutura pelo cinto de segurança. O resgate dos corpos foi feito com auxílio do guincho de atracação de navio, inadequado para o salvamento.

Representantes da Transpetro, subsidiária da Petrobras, lamentaram o acidente fatal e afirmaram que a empresa está prestando toda a assistência necessária às famílias das vítimas.

O Sindipetro-ES reforça a necessidade de transparência nas investigações. São muitos os acidentes que ocorrem nos postos de trabalho, pelos quais os trabalhadores são responsabilizados, para tirar o peso das costas de quem é o real culpado. Estamos de olho na gestão de SMS.

Fonte: Sindipetro -ES