A diretoria do Sindipetro-NF participou na última sexta, 27, de uma reunião com o SMS local da Petrobras. Na reunião, o sindicato apresentou o manifesto de P-33, sobre alimentação e hotelaria de P-33, e cobrou melhorias urgentes.A Petrobras se comprometeu em realizar melhorias no atendimento e afirmou que emitirá multa em caso de descumprimento. O sindicato solicitou, o contrato da hotelaria e a comprovação das multas como pedem os trabalhadores, e solicitou, com apoio do Cipistas, uma maior fiscalização. O NF cobrou que um alto padrão seja aplicado na alimentação e hotelaria em geral na Bacia de Campos.
Veja abaixo alguns dos temas tratados e seus resultados:
1 – Projetos das salas remotas na UO-Rio
Todo monitoramento das plataformas da UO-RIO será feito por terra, no 8 andar do EDIHB. Segundo a petrobrás, supervisores e coordenadores irão decidir se o controle ficará por terra ou pela plataforma, no caso de alguma manobra mais delicada.
O NF afirmou que, numa situação de Emergência, poderá passar por problemas de atuação de pessoas sem treinamento, em um momento crítico, e com a equipe, reduzida, pois quem seria retirado para trabalhar em terra não atuaria, em caso de queda de telecomunicação.
Para o sindicato, a empresa está em descumprindo o Acordo, pois foram implantadas novas tecnologias sem uma apresentação prévia às CIPAS e a entidade sindical.
O representante da empresa afirmou que foi apresentado Sindipetro-RJ por entenderem que a implantação era no Rio. O que o Sindipetro-NF discordou por entender que as novas tecnologias abrangem as plataformas da Bacia de Campos e as salas em terra. Será feita, em breve, apresentação para Sindipetro NF.
2 – Campanhas de UMSs.
O NF questionou os diversos problemas relacionados às UMS, como acidentes, problemas de liberações excessivas de PTs, desorganização, desconexão de gangways, problemas logísticos e de segurança. Poe esse motivo solicitamos uma reunião específica. As gerências se comprometeram a marcar uma data para para reunião específica e afirmaram que vai haverá participação do PCM-OR.
3 – Nova atividade dos TSTs da UO-Rio
Profissionais já estão realizando cursos. A nova proposta do SMS é para que seja utilizado o técnico em segurança para realização das Fichas de Controle e Disposição de Resíduos e RTs – requisição de transporte, hoje realizado pelo TLT. Segundo relato dos TLTS, esta tarefa ocupa hoje 40% do tempo de trabalho deles.
O sindicato lembrou que o número aumentado de TS por trabalhador embarcado é uma exigência conquistada pelo anexo 2 da NR 30 e que a empresa deve promover maior segurança para as pessoas embarcadas. Para o NF essa medida irá comprometer esse ganho já que vai haver desvio de função. Os desvios identificados podem e devem ser solucionados com correção na comunicação, mas essas tarefas são do TLT e não dos TSs. Que o que está sendo feito é jogar mais burocracia para os TS. RT e FCDR é logística e não segurança.
Apesar dos argumentos do sindicato os representantes da empresa não se mostraram sensíveis e o sindicato informou que vai levar adiante a denuncia de desvio de função caso essas atividades sejam, de fato, transferidas para os TS´s.
4 – Ausência de equipes de resgate nas plataformas, com perfil adequado, condição física e treinamento
O sindicato apontou que é inseguro achar que pessoas com formação insuficiente em resgate fiquem com essa responsabilidade. Representante da UO-BC afirma que não tem ocorrido esse problema. O da UO-Rio, disse que Tecnicos de Seguranca foram treinados em resgate com corda.E os TS, treinariam os demais.
O Sindicato solicitou que seja apresentado um cronograma de treinamento e questionou a a empresa que diz trabalhar no mais alto nível de segurança e não garante isso no caso das equipes de resgate.
5- Trabalho em altura
O Sindicato questionou as dificuldades de aplicação da NR-35. A empresa diz que no ASO, deva constar que o empregado está apto ao trabalho em altura.
O NF cobrou a avaliação dos pontos de ancoragem por profissional habilitado e a Petrobras alegou que tem Técnicos de Mecânica embarcados que podem atestar isso.
Sobre os Books de projeto genéricos, afirmaram que quando o andaime se enquadra naqueles projetos o MTE tem aceitado esses projetos normalmente.
Para a empresa o transito em escadas não é trabalho em altura. Por isso, o caso terá que ser levado aos auditores do MTE para resolver esses entendimentos.
6 – Embarques de CIPA
Com relação a embarques em sondas de perfuração, a Petrobras esclareceu que o problema que está havendo é de comunicação e que o NF receberá mensalmente os convites.
Sobre embarques em afretados e UMS´s foi respondido que o RH vai encaminhar consulta ao corporativo já que o acordo cita “áreas offshore”.
O sindicato questionou o motivo de não haverem embarques de diretores, na véspera das reuniões. Diretores do NF estão flagrando no embarque de CIPA, que havia vaga na plataforma e o embarque no dia anterior não ocorreu. Petrobras ficou de corrigir o procedimento.
O programa de embarques será modificado para coincidir com reuniões da CIPA da UO-Rio. Sobre o TS ser secretário da CIPA, trata-se de uma proposta da bancada da empresa, que tem sido aceita na reunião de posse.
O NF solicitou que, como ocorre na BC a UO-Rio deixe a cargo de cada unidade decidir isso, de forma que os cipistas também possam ser secretários, e não somente técnicos de segurança.
7 – Comissões de investigação de acidentes
O Sindipetro-NF questionou a não existência de previsão de calendário de atividades, ficando a direção do sindicato a reboque da disponibilidade das agendas dos membros por parte da empresa.
A Petrobrás disse que o padrão é embarcar de imediato e, que o calendário deve ser negociado na primeira reunião da comissão com o coordenador. O NF afirmou que há casos do coordenador marcar reunião de um dia para o outro ou no mesmo dia, e concordaram em mesa que isso não pode ocorrer. O Sindicato vai pedir o adiamento nesses casos.
O NF solicitou participação da assessoria do sindicato, mas a empresa vai levar a discussão para o corporativo.
Sobre o acesso e posse de documentos relativos às ocorrências para análise. A empresa afirmou que é decisão do coodenador, caso a caso..
O NF disse que a participação qualificada da direção na comissão fica comprometida por alguns coordenadores, como foi o caso da comissão de análise do incêndio na Turbina da aeronave no Farol, que ficou retida essa documentação e só no final foi liberada, com mais de 90 páginas para serem analisadas em um final de semana. O SMS local manteve o posicionamento de que isso deve ser definido pelo coordenador e o NF levará o caso para a comissão nacional de SMS já que o acordo é nacional.
8- NR-20
A respeito de comunicar oficialmente ao sindicato os efetivos mínimos de cada unidade para a operação.
A representante da empresa disse que a clausula 96 do ACT estaria sendo discutido no fórum específico da comissão de regimes. Se negaram a fornecer esses efetivos mínimos
Entretanto, se comprometeram a comunicar oficialmente ao sindicato o efetivo mínimo das equipes de contingência de cada unidade.
9 – Implantação do “mantenedor-operador”
Denúncias de mantenedor-operador, O NF exemplificou o caso recente de P-19 e o SMS local pediu que esse assunto fosse tratado na comissão de RH.
10 – Campanhas de medição de PPRA
– Acesso ao MD do contrato de medição.
Serão enviados ao NF.
– Registro da presença de Benzeno, conforme decreto presidencial e recepção do mesmo pelo INSS, e o Registro do agente ruído como mantenedor de aposentadoria especial, ainda que com o EPI, conforme decisão do STF.
A Empresa vai verificar com o Corporativo se já há modificação de procedimento para o reconhecimento em função dessas mudanças.
– Discussão dos GHEs com o sindicato.
Para o sindicato não pode haver diferenciação de postos, e rodízio de operadores como é feito na UO-Rio.
O sindicato sugeriu que a Petrobras apresentasse os GHEs para o Sindipetro-NF, em uma reunião específica para que o sindicato possa dar seu posicionamento, incluindo o PPRA. Os representantes da empresa se comprometeram a marcar essa reunião específica.
Suicídios de trabalhadores no Norte Fluminense –
E&P Serv afirma que não são tantos os empregados afastados por doenças mentais mas que se destacam nas estatísticas pela quantidade de dias de afastamento. O NF cobrou melhorias, na questão de ambiência e assédio moral. Não houve consenso de quem seria responsável por assumir os problemas relacionados a assédio entre a área médica e a Petrobras.
O Sindicato também cobrou uma resposta sobre o tratamento que a empresa vem dando a esses casos e se foi feito alguma análise ou estudo, referente a isso, após os suicídios.
A empresa disse que no dia 10 haverá apresentação na CIPA com presença do sindicato sobre o tema.
11 – Volta do GDPSO – Orientação aos técnicos de segurança para entregar nomes de quem cometeu desvios nas PT´s que servem de motivo para reduzir nota no GDPSO.
A empresa informou que já fizeram o processo educativo, e mostrou números, correlacionando os acidentes com permissão para trabalho. Segundo a Petrobras, há um grande percentual de PTs que estão com incorreção (no preenchimento e os operadores não estão indo a área para verificação periódica).
O sindicato relacionou uma série de outros motivos que podem estar levando os trabalhadores a não cumprir as verificações periódicas como excesso de atividades, excesso de PT´s liberadas, grande número de áreas liberadas, redução de efetivo etc…
O NF questionou que no lugar de divulgar os nomes, deveriam saber os motivos e corrigi-los.
O Sindipetro-NF reafirmou que não concorda com métodos que visam reduzir acidentes de forma punitiva. O sindicato lembrou que fez mobilizações e conquistou esse entendimento no passado, e se for necessário vai retomar as mobilizações.
12 – Informar relação atualizada das pessoas que são reconhecidas em exposição ao risco e pagando GFIP
A Petrobras afirmou que o asunto deve ser tratado Corporativamente.
13 – Resgate aeromédico e mortes súbitas nas plataformas e Manutenção de doentes a bordo das unidades
No entendimento do Sindipetro-NF, mesmo após a mobilização, o tema não evoluiu. Segundo explicado, haverá uma reunião específica prevista para o dia 19 de março com a área de resgate aeromédico, que contará com a presença da Gerente de SMS, para apresentar as medidas que estão sendo adotadas após os casos e a mobilização.
14 – Condições de transporte (falta de ônibus da empresa para essa base causando dificuldades de acesso, pois a base não tem transporte seguro) e segurança (formação de CIPA e relatórios feito pela CIPA do PT) no novo prédio da Petrobras em Macaé EDINC.
SMS local afirmou que devido ao momento atual da Companhia, não seria atendida a solicitação de transporte no entendimento que o local é servido por transporte regular, mas há ainda demandas dos trabalhadores e análises sobre isso. O sindicato solicitou reconsiderarem e que era um posicionamento do sindicato a necessidade desse transporte.
Com relação a existência de CIPA no local, o sindicato exigiu a verificação de obrigatoriedade de implantar CIPA específica no EDINC. A empresa disse que cipistas do Parque de Tubos, que acabaram transferidos pra lá estariam representando o prédio na CIPA.. O sindicato vai levar o caso para análise do seu jurídico.
15 – Palestras do sindicato a bordo de plataformas
Sindicato deve fazer contato com responsável pela viabilização.
16 –Retirada de audiometria tonal dos empegados empregados
O SMS local explicou, que pelo método de aquisição de dados e monitoramento, que foi feito nas unidades da exposição ao ruído de cada GHE, pode ocorrer casos do empregado não ter exposição e não fazer exame de audiometria tonal.
O sindicato questionou se os monitoramentos estão atendendo a transmissão óssea por vibração do som, e os representantes não souberam responder. O sindicato informou que tecnicamente essa exposição é reconhecida e novamente lembrou que a Petrobras, diz que trabalha no mais alto grau de segurança e que nesse caso mais uma vez estava minimizando a exposição ao risco.
Fonte: Sindipetro NF