A diretoria do Sindipetro-ES esteve reunida na última sexta-feira, 15 de julho, com a gerência de Gás e Energia da Petrobras. Participaram da reunião, os gerentes José Luz, Juan Rey e Rodrigo Castro do Recursos Humanos. Durante a reunião, discutimos a proposta da gerência de acabar com o sobreaviso da equipe de manutenção das Unidades de Tratamento de Gás (UTG’s), anunciada pela empresa em maio deste ano, com o argumento de redução de custos operacionais.
Em agenda em junho, a direção do sindicato exigiu alguns parâmetros para implementação desta mudança, e solicitou que a gerência mantenha o sobreaviso, até que o PIDV seja finalizado e os trabalhadores possam ser remanejados sem prejuízo de sua remuneração pela mudança no regime de trabalho. O gerente Juan Rey informou que 11 profissionais da gerência de G&E deverão sair no PIDV e que não poderia atender à solicitação do sindicato.
Inicialmente, a gerência havia se comprometido a avaliar as mudanças a partir das considerações do Sindipetro-ES. O trabalhador não pode ser tratado como um número. A empresa precisa considerar o bem-estar social, a ambiência, além de concluir o SGM, disponibilizando-o para o sindicato. A empresa novamente se recusou a acatar o pleito dos trabalhadores com a justificativa de que não pode mais postergar a redução de postos no sobreaviso, em razão da diminuição na produção. Lembrando que na última semana, a produção atingiu cerca de 1,100 milhões de m3 de gás.
Redução das Equipes
Ainda segundo a gerência, foi identificada a necessidade de ajustes nas equipes de contingência, devido à redução das operações – estava prevista a redução de metade da equipe na UTGC e a extinção do sobreaviso na UTG-Sul. Com a negociação feita pelo Sindicato, foi possível manter 2 (dois) postos de trabalho na UTG-Sul (com a retirada apenas do sobreaviso da manutenção mecânica) e na UTGC foram retirados 3 (três) postos e mantidos os demais. De acordo com a empresa, os 3 (três) empregados que perderam seus postos de trabalho na UTG-Sul serão encaminhados para outras unidades.
O sindicato irá acompanhar e cobrar os acordos firmados. Os cortes no sobreaviso ocorrerão a partir de 1º de agosto. A gerência ressaltou que a escala do sobreaviso, a partir de agora, será de 8×12, mesma escala da Operação.
A direção do Sindipetro-ES deixou claro para as gerências que discorda da desimplantação das equipes de sobreaviso sem o remanejamento dos empregados. “Mais uma vez a empresa pune os empregados, usando a desculpa de redução de gastos. Sugerimos ao gerente que saia do seu gabinete e converse com as outras gerências do EDIVIT, a fim de buscar uma solução para que esses trabalhadores sejam recolocados”, explica o coordenador-geral, Paulo Rony Viana.
Implantação no turno dos técnicos de operação
Um motorista da empresa VIX foi demitido, por causa da paralisação do dia 10 de junho. Conforme aprovado pela categoria nas assembleias, foi definido que o dia 10 seria dia de paralisação de 24 horas na UTGC e em várias outras unidades do ES. No dia da mobilização os motoristas de um dos (04) quatro ônibus que transportavam os trabalhadores da UTGC para a unidade, aguardou por cerca de 5 (cinco) minutos alguns trabalhadores que conversavam com a direção do sindicato e ao chegar na sua base, sem atraso algum e praticamente simultaneamente com os demais ônibus, foi informado de que sofreria punição por “insubordinação” e seria tirado da área por uns dias. Após retorno da sua folga, ele foi demitido sumariamente e a motivação foi pessoal. Esse profissional é reconhecido por prestar excelente trabalho nesta base.
Para a direção do sindicato, essa atitude do “capataz” (fiscal) de contrato da VIX, que inclusive estava como olheiro no ponto de piquete no dia da paralisação, é antisindical e de retaliação contra os empregados que usam seu direito de conversar com o sindicato. É importante frisar ainda que nenhum dos empregados da UTGC aderiram à paralisação de 24 horas, apesar da maioria ter aprovado a greve em assembleia geral.
Cobramos da gerência uma postura ética para resolver essa situação, pois o sindicato conversou com o fiscal e ele creditou a demissão à gerência de operação. Não vamos tolerar atitudes como a da UTGC e se necessário adotaremos medidas mais duras. Lembrando que a turma da operação está mobilizada com abaixo-assinados e fornecerá todo suporte para combater atitudes arbitrárias e ditatoriais.
Contrato de manutenção
Cerca de 80 empregados do extinto contrato de manutenção da Petroenge foram contratados temporariamente para atender à demanda das UTG’s. Como se trata de um contrato “tampão”, isso gera muita insegurança para o trabalhador, por isso cobramos a previsão de um contrato definitivo e o gerente informou que o processo licitatório já está em andamento.