A companhia multinacional petrolífera Shell anunciou hoje (28) a desistência na exploração de petróleo no mar do Ártico. A empresa deve contabilizar grandes perdas após pesquisadores não obterem descobertas significativas na região.
A saída da empresa do Ártico foi comemorada por ambientalistas que temiam pela devastação da região. “É uma grande vitória para milhões de pessoas que se levantaram contra a Shell, que apostou alto e perdeu alto, tanto em termos de custo financeiro quanto em reputação pública”, disse o diretor executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo.
“Esse se tornou o projeto de petróleo mais polêmico do mundo, e apesar de sua arrogância, a Shell foi forçada a ir embora sem nada”, argumentou Naidoo. Para a entidade, o Ártico precisa se tornar uma área de proteção permanente, sem a presença da indústria petrolífera e livre da pesca predatória.
“Se estamos falando sério sobre lidar com as mudanças climáticas, teremos de mudar completamente nossa forma atual de pensar. Perfurar o Ártico, que está derretendo, não é compatível com essa mudança”, disse o diretor, que defendeu o uso de energias renováveis e a criação de um “santuário” para proteger águas internacionais que circundam o Polo Norte. “Esperamos que esta visão esteja um passo mais perto depois de hoje”, completou.
Com informações do Greenpeace