Setoriais na Bahia discutem estratégias para a greve

 

Após as assembleias que aconteceram de 7 a 17 de outubro em todas as unidades do Sistema Petrobrás na Bahia, quando a categoria rejeitou a proposta intermediada pelo TST para o Acordo Coletivo de Trabalho e aprovou a realização de uma greve por tempo indeterminado, a partir do dia 26/10, a direção do Sindipetro deu inicio a uma série de setoriais na base.

As setoriais são uma oportunidade para que a categoria discuta, de forma mais profunda, os próximos passos que devem ser seguidos para a construção de uma greve forte pela garantia dos empregos e direitos.

As reuniões também têm sido um espaço para repensar a força e importância da categoria petroleira ao longo de toda sua história de luta.  Na RLAM e Temadre, as setoriais estão sendo iniciadas com a exibição do filme “Bem Maior”, produzido pela Associação Beneficente e Cultural dos Petroleiros do Litoral Paulista, que retrata a trajetória da Petrobrás  e o orgulho de ser petroleiro, ressaltando a importância da estatal como motor de desenvolvimento da sociedade brasileira. Em seguida, a categoria inicia o debate sobre as estratégias para  a greve.

Os Trabalhadores do edifício Torre Pituba também já participaram da setorial que aconteceu no final da tarde da segunda-feira (21), no Hotel Fiesta. Preocupados com a atual situação, eles ouviram durante horas  o advogado do Sindipetro,  Clériston Bulhões, que respondeu a dezenas de perguntas e explicou os  trâmites legais que devem ser seguidos pela ação impetrada na justiça pelo Ministério Público do Trabalho, que obteve a liminar – como tutela antecipada de urgência – que impede a continuidade da transferência dos trabalhadores da Bahia para unidades de outros estados.

Houve muitos relatos apontando a continuidade da pressão da gerência, casos de ansiedade, medo e insegurança, que estão acontecendo também em outras unidades da empresa a exemplo de Taquipe.

De acordo com funcionários dessa unidade, Taquipe está abandonada e  não tem estrutura para receber os cerca de 400 trabalhadores do Torre Pituba que devem ser transferidos para lá. Segundo eles, falta água, a quantidade de banheiros é insuficiente e o ambiente de trabalho está péssimo. “O campo está doente, doutor, eu estou doente, os meus colegas estão doentes”, relatou um dos trabalhadores ao advogado.

As setoriais continuam durante toda a semana e é muito importante que toda a categoria participe. O momento é, não só de luta, mas, principalmente, de união.

[Sindipetro Bahia]