Servidores federais marcham contra o arrocho e cortes na quarta-feira, em Brasília

Manifestação pública na Esplanada dos Ministérios vai exigir política de valorização salarial permanente

CUT

Milhares de servidores públicos federais de todo país, realizarão uma grande marcha à Brasília na quarta-feira (28) contra a política de arrocho salarial e cortes nos investimentos públicos aplicada pelo governo federal. A manifestação pública acontecerá na Esplanada dos Ministérios e está sendo convocada pela CUT e pelas Entidades Sindicais Nacionais de Servidores Públicos Federais, filiadas e não filiadas, que compõem o Fórum Nacional de Entidades de Servidores Públicos Federais, integrado por 30 Entidades, representando mais de um milhão de trabalhadores(as) do serviço público federal.

PROPOSTAS

Os manifestantes reivindicam o atendimento da sua pauta de reivindicação, composta pelos seguintes eixos: Definição de Data-Base; Política Salarial Permanente com Reposição Inflacionária, Valorização do Salário Base e Incorporação das Gratificações; Cumprimento por parte do Governo dos acordos e protocolos de intenções firmados; Contra qualquer Reforma que retire direitos dos trabalhadores(as); Retirada dos PLP`s, MP`s, Decretos contrários aos interesses dos servidores públicos; Paridade e integralidade entre servidores ativos, aposentados e pensionistas; Reajuste dos Benefícios.

EM DEFESA DOS INVESTIMENTOS PÚBLICOS

De acordo com Pedro Armengol, da coordenação do setor público da CUT, além da defesa dos eixos da sua campanha salarial 2012, “os servidores federais estarão manifestando-se contra as políticas de redução de investimentos públicos, como a ocorrida recentemente no mês de fevereiro de 2012, com o corte de 55 bilhões de reais do orçamento da União já aprovado para 2012, reduzindo os investimentos em áreas essenciais como Previdência e Assistência Social, Saúde, Agricultura, Educação, Ciência e Tecnologia, dentre outros”.

NÃO AO RETROCESSO

“Não aceitaremos as políticas ortodoxas, aplicadas atualmente nos países europeus, onde aqueles que foram responsáveis pela crise do sistema financeiro internacional, pressionam os governos  dos países em crise à adotarem medidas fiscais restritivas, com corte nos investimentos públicos, diminuindo a capacidade dos países de darem cabo de suas funções essenciais, atacando também os salários dos servidores dos servidores públicos, reduzindo-os, congelando-os, com prejuízos para a manutenção da qualidade da prestação de serviços públicos”, sublinhou. Na avaliação de Armengol, “essa política de cortes significa um recuo às possibilidades de desenvolvimento social e da redução das profundas desigualdades em nosso país”. “Sem Estado forte não há desenvolvimento. Sem servidor público, não há estado forte”, frisou o dirigente cutista.