Reforçando o movimento de mobilização por propostas concretas do governo, servidores da base da Condsef deram início a uma greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (18). Servidores de categorias como Funasa, Incra, administrativos do Ministério da Agricultura, Arquivo Nacional – no mesmo dia em que foram abertos os arquivos da ditadura – entre outros setores pararam suas atividades em diversos estados. Pará, Sergipe, Amapá, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Brasília estão entre os primeiros estados a registrar paralisações. Ao longo da semana o quadro oficial da greve deve se ampliar como historicamente mostram os movimentos grevistas. Em diversos estados estão confirmadas para esta terça assembleias no Ibama, Funai, DNPM, Anvisa e outros setores que podem ampliar o cenário da greve iniciada pelos professores das universidades federais há mais de um mês.
Nesta segunda a Condsef realizou uma plenária na sede do Sintrasef, sua entidade filiada no Rio de Janeiro. A necessidade de se ampliar e dar corpo a uma greve unificada foi um dos itens ratificados na atividade. A plenária também aprovou a realização de atividades unificadas com as demais categorias em greve. Entre as ações, a Condsef deve discutir com as demais entidades nacionais a possibilidade de realizar um acampamento na Esplanada dos Ministérios para acompanhar o movimento grevista e buscar avanços nas negociações no Ministério do Planejamento e apresentação de propostas concretas por parte do governo. Esta semana a Condsef participa de atividades na Rio+20, incluindo adesão a uma marcha na quarta-feira, 20, com presença de representantes das 31 entidades nacionais que compõem a campanha em defesa dos servidores e serviços públicos.
Acompanhe, mobilize-se em seu estado e participe do movimento de greve em defesa de seu setor. Ao longo de toda a semana a Condsef acompanha a movimentação das categorias de sua base e adesão a greve. A expectativa é de que o quadro se amplie rapidamente. A greve, aprovada por unanimidade pela categoria, surge como último recurso dos trabalhadores na tentativa de pressionar o governo para que sejam apresentadas propostas concretas às demandas do setor público.