Sequência de cidentes no Sistema Petrobrás

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Imprensa da FUP

Os petroleiros viveram mais uma semana de ocorrências graves nas unidades do Sistema Petrobrás. Na Reduc, dois acidentes seguidos reacenderam a luz amarela sobre as condições de segurança nas refinaria. No dia 03, a linha de ar de instrumento da U-4500 (HDS) rompeu-se e causou um incêndio na unidade, em função da contaminação do ar com hidrocarboneto. A Brigada foi acionada e ninguém se feriu. No dia seguinte (04), a nova Estação de Tratamento de Água (ETA 4) estreou na extensa lista de ocorrências da Reduc, com um vazamento de ácido sulfúrico.

Na Rlam, onde recentemente a Comissão Nacional Permanente de Benzeno ficou estarrecida com o sucateamento de equipamentos e os casos de contaminação, uma turbina que faz o bombeamento de água salgada para o sistema de hidrantes da refinaria explodiu. O acidente foi no dia 04 e só não se transformou em uma tragédia devido à experiência do operador, que conseguiu bloquear o vapor no limite de bateria e não na válvula da turbina. Com essa operação, ele evitou que o acidente tivesse proporções maiores. Mesmo assim, um pedaço de aço retorcido, pesando em torno de dois quilos, caiu a um metro e meio do operador. A unidade onde ocorreu o acidente já foi várias vezes denunciada pelo Sindipetro-BA em função dos equipamentos velhos e desgastados, que necessitam de acompanhamento preventivo na sua manutenção.

Na Bacia de Campos, as ocorrências são constantes. No último dia 06, uma barco contratado pela Petrobrás entrou em pane elétrica e ficou à deriva, quando dois mergulhadores faziam a instalação de um trecho de linha no campo de Linguado, próximo à plataforma P-12. Eles estavam no mar no momento da ocorrência e só puderam retornar a bordo após o restabelecimento da energia. Na P-53, os trabalhadores denunciaram que está sendo adotada a chamada PTBR (Permissão de Trabalho de Baixo Risco), colocando em risco a segurança das atividades. O caos aéreo também continua na região. No dia 06, o voo 9312, da empresa Aerole, que partiria do Heliporto de Farol, levando trabalhadores para a P-33, teve a decolagem abortada, após pane em uma das turbinas. Também segundo denúncias dos trabalhadores, o Aeroporto de Macaé operou vários dias com o radar defeituoso.

Morte em estaleiro

O metalúrgico Ricardo Silva dos Santos, de 42 anos, morreu no último dia 07, em acidente no Estaleiro Mauá, durante o início da construção de um navio encomendado pela Transpetro. Ele foi atingido por uma chapa de metal de aproximadamente 40 toneladas, que teria se desprendido durante solda. Outro trabalhador também foi ferido, mas não corre risco de morte.