Trabalhadores do campo, da cidade e representantes de movimentos sociais e sindicais, que formam a Plataforma Operária e Camponesa, estão reunidos em Salvador para participar do Seminário Nordeste em Defesa das Estatais e Contra as Privatizações.
O evento acontece nos dias 25 e 26 de agosto, no auditório do Sindae e tem como objetivo analisar o atual momento e sua conjuntura política e econômica e tirar propostas para intensificar o processo de luta estratégico contra a privatização da Petrobrás, Chesf e das estatais de água do Nordeste. A intenção é fortalecer o movimento em defesa do petróleo brasileiro, por mudanças no modelo elétrico e garantia da água como um direito social.
Na manhã da quinta-feira, 25, os coordenadores do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar e do MAB, Josivaldo Oliveira, abordaram, como palestrantes, o tema “Estratégia do Capital nas Estatais Brasileiras”. Para Oliveira “o seminário é uma oportunidade para analisarmos o momento que estamos vivendo no Brasil e no mundo e apontar tarefas em curto, médio e longo prazo em defesa das nossas riquezas e da justiça social”
Para Bacelar o seminário acontece em um momento oportuno e será de grande importância para a construção dos próximos passos que “fortalecerão a grande batalha que teremos de travar daqui para a frente a partir do golpe de estado, que se consolida velozmente”. Ele fez uma análise de conjuntura, apontando como um dos principais motivos do golpe de estado no Brasil o acesso dos EUA às reservas de petróleo do país.
Bacelar também destacou o papel das grandes categorias, cuja data base é o mês de setembro, que devem ampliar suas campanhas levando o debate conjuntural para as bases. Em relação aos petroleiros ele acredita que “no olho do furacão, sendo atingidos duramente, inclusive com difamação, a categoria petroleira pode ser o elemento catalisador de um movimento maior e mais forte, que vem sendo construído pelas centrais sindicais e irá parar o país com uma greve geral”.
O seminário prossegue até sexta-feira, 26, abordando temas como Conjuntura da água e das empresas estatais do Nordeste; Conjuntura da Transposição do Rio São Francisco; Conjuntura Política e Energética da CHESF; Desafios para os trabalhadores da CHESF e Conjuntura Petróleo para Educação. O encerramento acontece com um ato político em defesa da Petrobrás.
Participam do evento representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Levante Popular da Juventude, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Sem Terra (MST), Consulta Popular, Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (FISENGE), Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Federação Única dos Petroleiros, Sindipetro Bahia e Sindae.
Fonte- Imprensa Sindipetro Bahia
