Sindicato, que defende o uso deste transporte apenas em casos extremos, cobrou explicações da Petrobrás
Transbordo de trabalhador para plataforma com a utilização de cestinha, sem estar caracterizada situação de emergência. Cesta com o certificado vencido. Troca de mestre de cabotagem por falta de curso em dia, para receber uma vistoria de homologação do heliponto. Tudo isso aconteceu nesta semana, na plataforma PVM-1, na Bacia de Campos.
O Sindipetro-NF foi informado, pelos trabalhadores, de que a gerência da unidade decidiu embarcar, com o uso de cestinha (cesta içada por um guindaste), no último dia 28, um mestre de cabotagem para substituir o que estava a bordo, mas com pendência de um curso obrigatório. A troca se deu para que o heliponto da plataforma passasse por vistoria para homologação, no dia seguinte.
Um fator agravante é o de que a cesta utilizada no transbordo estava com o certificado vencido desde o dia 15 de agosto passado.
O sindicato cobrou explicações da gerência de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde) da Petrobrás sobre esta sucessão de atropelos. A empresa argumenta que a operação foi autorizada, mesmo sem que tenha sido caracterizada uma emergência, após uma avaliação de risco (condições de mar e vento), pois havia necessidade de liberar o heliponto também por questões legais e de segurança das pessoas a bordo.
A gerência de SMS afirma ainda que a companhia está tomando providencias, com abrangência também sobre outras plataformas, sobre o fato da cesta estar vencida.
A entidade também lembra que, após acidente envolvendo o transbordo por cesta em uma plataforma do Rio Grande do Norte, que deixou um morto e dois feridos, em dezembro de 2011, o Ministério do Trabalho e Emprego chegou a proibir este tipo de transbordo naquela região.
Corrigido às 20h de 30 de outubro de 2014.
Fonte: Sindipetro NF