Trabalhadores e trabalhadoras da empresa TestOil, terceirizada que presta serviços na Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas), foram surpreendidos no início de março após a empresa descumprir o praticado no pagamento do auxílio combustível.
A empresa contratou funcionários com o valor fixo de auxílio transporte de R$ 300 (no início do contrato em janeiro de 2021), a quantia já era defasada devido à alta dos combustíveis. Visando conter as constantes saídas de funcionários e diminuir a rotatividade nos postos de trabalho, a TestOil aumentou para 550 reais o auxílio combustível.
Porém, após a empresa também ser contratada por outras unidades da Petrobrás, a TestOil optou por utilizar um RH próprio, que unilateralmente decidiu que o auxilio seria fracionado. O valor antes pago todo primeiro dia do mês, agora será pago a cada 15 dias. Essa não é a única mudança imposta, eles também pretendem alterar a metodologia para o cálculo do auxílio. O valor seria recalculado a partir do km rodado até o trabalho. A alteração fará com que o auxílio diminua para grande parte dos funcionários, muitos irão receber menos do que o fixado no início do contrato.
Os funcionários só ficaram sabendo das alterações implementadas pela empresa, após cobrarem o recebimento do auxílio no dia 01, como de praxe. Desconte com o atraso, os trabalhadores ameaçaram uma paralisação das atividades, obrigando a empresa a justificar a demora para o pagamento. A TestOil culpou o feriado e informou que o valor atrasado seria disponibilizado até a quinta-feira (03/03). Para aqueles que trabalharam no final de semana e no feriado de Carnaval, o empregador depositou apenas R$ 71 e informou que a partir desta quinta-feira seria creditado um valor referente aos próximos 15 dias.
O sindicato reforça a importância da mobilização, destaca que a luta será para que os trabalhadores não percam o que foi conquistado e que seguem as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com a empresa.
[Da imprensa do Sindipetro PR e SC]