SEGURANÇA NO TRABALHO OFFSHORE: caso de agência norte-americana é exposto em Conferência do Sindipetro-NF

Especialistas da Chemical Safety Board disponibilizarão relatórios de grandes acidentes, para subsidiar o estudo de casos semelhantes no Brasil…





Sindipetro-NF

Integrantes da agência norte-americana que investiga acidentes industriais da área química (Chemical Safety Board), Vidisha Parasram e Amanda Johnson, participaram hoje de painel na Conferência Sindical Internacional Segurança no Trabalho Offshore para expor a forma de atuação do órgão.

Parasram explicou que o CSB não tem como prioridade punir, mas prevenir acidentes. Por isso, reúne informações sobre as investigações, interage com demais entidades que discutem a prevenção e produz vídeos e outros conteúdos educativos sobre segurança.

As especialistas relataram dois casos investigados pela CSB. O primeiro foi em uma refinaria no Texas, a Texas City Refinery, em março de 2005. A unidade é da British Petroleum (BP).  O acidente resultou na morte de 15 trabalhadores e deixou 180 feridos.

Outro caso investigado pela CSB foi o da hidroelétrica Xcel Energy, outubro de 2007, no Colorado. Cinco trabalhadores morreram e cinco ficaram feridos.

As norte-americanas cederam ao Sindipetro-NF cópias de vídeos educativos da CSB e se prontificaram a enviar relatórios de grandes acidentes, para subsidiar o estudo de casos semelhantes no Brasil.

Especialista diz que caso P-36 fez ANP estruturar área de segurança

Especialista em regulação da segurança operacional da exploração e produção de petróleo e gás natural, Alex Garcia de Almeida, da Agência Nacional do Petróleo, disse hoje, em painel da Conferência Sindical Internacional Segurança no trabalho Offshore, que a agência tem se estruturado para atuar na área, mas o número de profissionais ainda é insuficiente para atender a demanda.

Ele explicou que a agência conta com 15 servidores, sendo nove engenheiros, e que são grandes as necessidades na atividade da coordenadoria de segurança operacional, o setor da ANP que cuida da fiscalização e da formação de um banco de dados sobre o tema.

Ainda assim, explicou, a agência deu um salto em sua capacidade de atuação na área após a tragédia da P-36. Em 2001 havia um órgão de segurança na ANP, mas não atuava. Foi o caso P-36 que chamou a atenção para esta necessidade. Em 2005 aconteceu então concurso para formar o grupo de servidores para atuar nesta área.

“Hoje eu não trabalharia na ANP se não fosse esse acidente", revelou Almeida, que era controlador de voo na Marinha.