SEGURANÇA NO TRABALHO OFFSHORE: “As empresas tratam melhor seus equipamentos do que seus trabalhadores”

A denúncia é do petroleiro norte-americano Kim Nibarger, diretor do sindicato dos metalúrgicos e petroleiros nos Estados Unidos…





Sindipetro-NF

O petroleiro norte-americano Kim Nibarger, diretor do sindicato dos metalúrgicos e petroleiros nos Estados Unidos, participou na manhã de hoje do painel Organização Sindical e Condições de Trabalho na Indústria do Petróleo, durante a Conferência Sindical Internacional Segurança no Trabalho Offshore, que o Sindipetro-NF promove desde ontem e segue até amanhã, em Macaé.

Ele afirmou que, nos Estados Unidos, e imagina não ser muito diferente no Brasil, “as empresas tratam melhor seus equipamentos do que seus trabalhadores”.

O sindicalista apresentou dados sobre os acidentes no país, que recentemente sofreu um grande impacto em razão da tragédia no Golfo do México.  Ele ressaltou, no entanto, que há grande discrepância entre os dados e os números não são confiáveis, o que dificulta a ação sindical.

“No caso do Golfo do México, a primeira coisa que a BP [British Petroleum] fez foi colocar a culpa nos contratos, o que também acontece no Brasil. Muitas vezes a Petrobras culpa quem construiu a plataforma pelo acidente. No ano passado, numa refinaria, a que eu trabalho, houve um acidente que feriu sete companheiros e a empresa disse que os próprios trabalhadores causaram o acidente”, relatou.

Nibarger afirmou que os petroleiros norte-americanos estão em fase de negociação de acordo coletivo, em bloco com as empresas, e o tema da segurança é uma das prioridades. Estão envolvidas empresas como Shell, Exon e Chevron. 

Há impasses a superar, como o entendimento diferenciado sobre a legislação. “As empresas lêem as leis de uma forma e os trabalhadores lêem de outra forma. Temos muita preocupação das empresas não fazerem o que é correto para os trabalhadores”, disse.

Ele denunciou que “as regras para a indústria petrolífera nos Estados Unidos são desenvolvidas basicamente pelas próprias empresas”.

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