Após o término da greve geral realizada pelas centrais sindicais na sexta (30\06), o Sindipetro Bahia e os petroleiros entram em seu segundo dia de greve por tempo indeterminado na Refinaria Landulpho Alves, contra a redução do efetivo mínimo nas refinarias de todo país.
A greve na Rlam neste sábado (01\07), segundo dia, continua forte e com apoio da maioria dos petroleiros. “Mesmo com a gestão utilizando helicópteros para levar pelegos para dentro das unidades, apenas 12 concordaram com esse absurdo, colocando em risco suas vidas e os empregos de todos nós”, adverte o coordenador do Sindipetro, Deyvid Bacelar.
Ele denuncia que a gestão da Rlam está mantendo alguns empregados em “cárcere privado”. “Em algumas unidades onde o efetivo está reduzido, os GGs não estão permitindo que os petroleiros saiam, mesmo depois da jornada de trabalhado cumprida, para evitar que a unidade pare por falta de funcionário”.
Em apoio ao movimento grevista, os petroleiros da 2ª turma do turno apareceram na unidade, mas não entraram. “Os que quiseram voltar para suas casas foram embora e alguns ficaram no piquete, fortalecendo a luta e mostrando à gestão da empresa a força do trabalhador”, ressalta o recém-eleito diretor do sindicato, Attila Barbosa. Já o diretor Jorge Arléo lembra que “a luta hoje é contra essa politica de redução do efetivo mínimo, pela garantia do emprego e contra o desmonte e privatização do Sistema Petrobrás”.
Segundo o diretor da FUP e do Sindipetro, Ubiraney Porto, “o processo de redução de efetivo é uma estratégia clara para facilitar a terceirização da Petrobrás. Nós não vamos concordar e já estamos com os motores quentes para evitar qualquer tipo de prejuízo para o trabalhador e para o Sistema Petrobrás”.
A greve por tempo indeterminado na Rlam tem o apoio da CUT, SITCCAN, Conticon, Sindicato dos Rodoviários, MST e continuam no piquete de convencimento neste segundo dia os diretores Gilson Sampaio (Morotó), Edson Cabeça, Ivo Saraiva, Gilberto Silva, Paulo Landulpho, Agnaldo dos Santos, Pelé, Luiz Henrique, Jailza e Álvaro Bittencourt.
Fonte: Sindipetro-BA