Faz cerca três meses que a caldeira 3 do Terminal da Transpetro de São Caetano do Sul está inoperante, por causa da irresponsabilidade da gerência local.
O equipamento estava funcionando normalmente, quando foi verificada a existência de gasóleo na tubulação, proveniente de um furo na serpentina de vapor de um dos trocadores de calor. O gerente ignorou o problema e a caldeira continuou em operação.
Pouco tempo depois, ela parou de funcionar e foi constatado que o gasóleo estava impregnado no interior de toda a tubulação de vapor da área e também internamente, nos tubos de vapor da caldeira.
Durante a limpeza, os trabalhadores conseguiram eliminar somente o gasóleo das linhas de vapor da área. “Há mais de 90 dias vem se tentando limpar as tubulações da caldeira, sem sucesso”, afirmou o diretor do Unificado Vanderlei Rodrigues.
Segundo o dirigente, a gerência foi imprudente ao dar prosseguimento ao processo, diante da constatação de um problema. “Poderia ter ocorrido o entupimento de uma dessas tubulações, de um orifício de equipamento ou sua danificação, gerando outros fatores que poderiam causar a explosão da caldeira. A gerência colocou em risco a segurança das instalações da refinaria e a integridade dos trabalhadores”, alertou.
Barueri
A história se repete no Terminal de Barueri. Vanderlei destacou que, recentemente, o setor de operação confirmou a contaminação por gasóleo das linhas de vapor da caldeira dessa unidade e ela continua em funcionamento.
Vanderlei comentou ainda que a Transpetro pretende contratar uma empresa para operar as caldeiras. “Se os trabalhadores próprios não têm segurança, por causa da procrastinação da gerência, imagine como será se a operação for terceirizada. As notícias podem ser trágicas”, alertou.
Fonte: Sindipetro Unificado-SP