Recado das ruas no dia 20: saída da crise é pela esquerda!

 

Milhares de brasileiros ocuparam as ruas e praças de pelo menos 30 cidades do país nesta quinta-feira, 20, por direitos, liberdade e democracia. Fruto de uma construção coletiva dos movimentos sociais, sindicais e estudantis, as manifestações deram o recado tanto para os golpistas, quanto para o governo Dilma: a saída da crise é pela esquerda. Nas principais capitais do país, faixas e cartazes defendiam a democracia e as conquistas sociais dos últimos anos, condenando as tentativas de golpe e as manobras da direita para impor a agenda conservadora que foi derrotada nas urnas, no ano passado.

Ao contrário dos protestos midiáticos do dia 16, marcados pela intolerância e pelo ódio de classe dos que ferem a democracia, as manifestações do dia 20 tiveram uma agenda claramente a favor do país e do povo brasileiro. Fim do ajuste fiscal e da política econômica recessiva, mais emprego, mais direitos, mais investimentos sociais, mais reformas populares, cobravam jovens, homens, mulheres, brancos, negros, gays, trabalhadores do campo e da cidade. Cartazes contra Cunha e Renan eram carregados ao lado de faixas exigindo a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.  

Serra e outros entreguistas do pré-sal também foram alvo dos manifestantes, assim como os gestores da Petrobrás. Vestidos com seus uniformes laranja, os petroleiros levaram para as principais capitais do país faixas e palavras de ordem contra o desmonte da estatal e o PLS 131. O coordenador da FUP, José Maria Rangel, participou do ato no Rio de Janeiro, que arrastou mais de 20 mil pessoas pelo centro da cidade, em direção à Cinelândia. “A democracia é o grande valor da sociedade brasileira e muitos sucumbiram na ditadura militar para defender a liberdade”, destacou.

“Queremos respeito à democracia. Quem perdeu a eleição não pode continuar paralisando o país na tentativa de um terceiro turno”, criticou o presidente da CUT, Vagner Freitas, condenando o ajuste fiscal do governo, na manifestação que levou cerca de 90 mil pessoas à Avenida Paulista.  “Essa política neoliberal é nefasta para os trabalhadores. É preciso taxar as grandes fortunas. Quem ganha mais que pague mais”, ressaltou.

O recado dos milhares de trabalhadores que foram às ruas no dia 20 foi claro: não ao golpe e à intolerância e que o governo faça valer o projeto político eleito nas urnas, através de reformas populares e não da atual política econômica recessiva.

Fonte: FUP