RLAM: terceirizados da TenaceCemon paralisados

 

Sindipetro-BA

Desde as 5h da manhã de terça (13), os trabalhadores da antiga Tenace, hoje contratados da Cemon, paralisaram as atividades no Trevo da Resistência, em Candeias.

Centenas de terceirizados protestam contra o descumprimento do acordo, que previa que os trabalhadores voltariam ao trabalho e o dinheiro seria repassado ao Siticcan para pagar os salários.

Ao assumir o contrato, a Cemon ficou responsável em pagar as rescisões, mas os trabalhadores foram obrigados a abrir mão da multa dos 40% para continuar no trabalho. Um absurdo e uma afronta aos legítimos direitos trabalhistas, na verdade uma apropriação indevida do dinheiro que pertence aos trabalhadores.

Dadas as dificuldades e necessidades de cada um, muitos abdicaram desse direito para permanecer no emprego. Como nenhuma das duas empresas – Tenace e Cemon – até o momento nada pagaram, os trabalhadores decidiram paralisar tudo.

A terceirizada Tenace continua a fazer estragos na vida de trabalhadores e familiares. Depois das greves e do rompimento do contrato na Rlam, por falta de pagamento de salários e rescisões, eis que ela ressurge, ao lado da Cemon, que foi chamada pela Refinaria para dar continuidade ao trabalho e quitar dívidas. Nem uma coisa nem outra.

No acordo feito durante a greve passada, a empresa substituta ficaria com os empregados da Tenace, cumpriria um cronograma de pagamento dos salários – até o dia 5\11, mas entrega de duas cestas básicas de setembro\ outubro e a multa de 40% aos demitidos. Na realidade, o que aconteceu¿ a Cemon reduziu o quadro de 300 para 200 e alega não ter dinheiro para pagar a primeira quinzena de novembro.

O diretor Deyvid Bacelar, que esteve durante toda a manhã desta terça ao lado dos trabalhadores em greve. Deyvid questiona a direção da Rlam, que substitui uma empresa por outra e não assume as consequências legais deste ato.

A direção do Sindipetro Bahia acionou a assessoria jurídica e vai recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Secretaria Regional do Trabalho e Emprego para solucionar essa questão.