Sindipetro BA
A direção do Sindipetro Bahia recebeu uma grave denúncia que compromete a vida e a saúde dos trabalhadores: numa atitude arbitrária, o gerente do HDT e HDS, com anuência da Gerência da RLAM, decidiu por conta própria colocar em prática uma redução absurda do efetivo nas unidades de HidroDesSufurização (HDS), U-33/35, e na
de Unidade Geradora de Hidrogênio (UGH), U-34.
O gerente fala abertamente que não reconhece o sindicato para negociar efetivo e pretende definir a mudança que tem na cabeça em reunião individual com “representantes” da cada turma de operação. A direção do Sindipetro Bahia reage a este “surto” ditatorial na Rlam e denunciará o fato à presidência da Petrobrás.
Segundo informação chegada ao sindicato, a gerência pretende ter apenas 2 controladores de painel para as unidades 33, 34 e 35, o que é impraticável e extremamente inseguro. Na REFAP e REPLAN que possuem unidades com projetos similares, o efetivo mínimo foi negociado com a operação e sindicatos dessas bases a fim de garantir a segurança das pessoas e instalações.
Quando uma das unidades sofre um trip (parada de emergência), as atenções ficam todas voltadas para a unidade que parou e para garantir seu retorno 2 dos 3 controladores se unem para facilitar a partida da unidade, ficando o outro monitorando as demais. As unidades são condicionadas à operação das Unidades 6 e 39, reconhecidas por todos na refinaria como bastante instáveis.
O atual quadro já é incompleto e a gerência ainda pensa em redução. Exemplo: além dos 3 controladores, tem 2 operadores que ocupam a CCL da U-39 e estão a serviço das áreas das unidades 34 e 35, mais 1 operador alojado na CCL da U-6 e que atende a área da unidade 33. Na unidade 33, apesar de ocupar as dependências da CCL da U-6, o operador fica todo o turno sozinho em uma unidade muito verticalizada e sem acessos adequados, o que representa grande risco de acidentes.
REUNIÃO DE FÉRIAS
Na tentativa de “tapar buracos” no efetivo dessas unidades, quando deveria ajudar solucionar esse problema que pode gerar graves problemas de saúde e segurança na Rlam, a gerência do HTD/HDS realizou semana passada uma reunião para minimizar os efeitos do número insuficiente de trabalhadores, uma vez que o setor não tem todas as turmas completas e nem um “ferista” por turma.
As negociações de férias ocorrem com injustiças e desmandos, muitas delas devido as decisões serem tomadas na CCL do HDT, ficando os operadores do HDS (33,34 e 35) marginalizados e segregados de acordo com o grau de proximidade física com gerente e supervisores. O resultado disso é que o setor virou um lugar desagradável para se trabalhar. Mais uma prova de que a discussão do efetivo mínimo dessas unidades pode e deve ser feita com os trabalhadores da operação e com o Sindipetro Bahia para termos um melhor ambiente de trabalho para todas as partes".