Sindipetro-RN
Temendo possíveis implicações negativas decorrentes do Programa de Otimização de Custos Operacionais da Petrobrás – Procop, o SINDIPETRO-RN reuniu-se, no último dia 12 de novembro, com a Gerência Geral da Construção de Poços Terrestres – CPT-N/NE. Na oportunidade, o Sindicato destacou a apreensão com a repercussão do “corte de custos” sobre os trabalhadores, regimes de trabalho, investimentos e produção.
Em verdade, episódios recentes justificam as preocupações do Sindicato. É o caso de uma estratégia que vem sendo implementada pela Petrobrás para que os trabalhadores acumulem até 35 dias de folga, de forma que, quando solicitados para realizarem trabalhos extras, não precisem receber o devido valor referente a horas extras, considerando o saldo absurdamente negativo no banco de horas trabalhadas.
O chamado “Consumo de Folgas”, praticado principalmente no setor de Sondagem e no de Inspeção e Produção – IP, é uma agressão clara ao Acordo Coletivo e às escalas de trabalho vigentes para os regimes especiais, Regime de Turno de revezamento-TIR – TIC (7×7 e 7X14). Isso porque o Acordo prevê um acúmulo máximo de 14 dias negativos. Ultrapassado esse número, a empresa deve pagar horas extras.
Sobre esse assunto, o Gerente Geral da CPT, Stênio Jaime, determinou à gerência de RH que proceda um levantamento completo para ser apresentado ao Sindicato, em quinze dias, com uma decisão sobre o tema.
Outras abordagens – Ainda durante a reunião, os representantes sindicais voltaram a questionar a presença esporádica de técnicos de segurança nas Sondas, encaixados no Regime Administrativo, quando, em verdade, deveria ser estabelecido o regime de sobreaviso, de modo que a presença deste profissional seja constante. A mudança aumentaria a eficácia de medidas preventivas de segurança e dos demais procedimentos de ESMS recomendados. A CPT determinou que fosse verificado se o nível das atividades de segurança está adequado, embora não tenha concordado com o entendimento sobre o regime.
Quanto à demanda relativa à disponibilidade de ambulância nas sondas que operam em áreas mais remotas, onde não há bases operacionais próximas, o Sindicato reiterou o transtorno que acontece nesses locais, quando ocorrem acidentes ou outras demandas que exijam transporte apropriado. O gerente geral determinou a realização de uma auditoria com o acompanhamento do Sindicato nas viaturas de resgate, instalações e procedimentos de transporte nas sondas em casos de urgência e emergências. O gerente de RH ficou responsável para agendar as auditorias.