O golpe de 2016 trouxe o Brasil, definitivamente, de volta a um passado, que já parecia superado.
Neste exato momento, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está reunido com representantes do Fundo Monetário Internacional, em Brasília.
Desde que o governo Michel Temer assumiu, o déficit fiscal foi ampliado em mais de R$ 100 bilhões, mas, a despeito das promessas de “volta da confiança”, a arrecadação de impostos tem caído mês a mês. Estados e municípios estão prestes a decretar estado de calamidade pública.
O Brasil segue o caminho da Argentina, de Maurício Macri, que reabriu as portas do País para as missões periódicas do FMI (leia aqui).
Quando Lula foi presidente da República, o Brasil quitou sua dívida com o FMI.
“O Brasil já não tem mais dívida com o FMI, que se transforma em um parceiro importante no debate de políticas econômicas”, disse o então diretor-gerente da entidade, o espanhol Rodrigo Rato, em janeiro de 2006.
“Esta visita mostra que as relações não terminaram, mas mudaram de nível e qualidade. O Brasil quer ter uma maior representatividade no Fundo, e aumentar sua cota no órgão”, disse Lula, na época.