Após três meses de pressão cerrada no Congresso Nacional, atos em aeroportos, diversas manifestações e uma greve de 24 horas, os petroleiros conseguiram retirar da pauta do Plenário do Senado o Projeto de Lei 131, que José Serra (PSDB/SP) de tudo fez para colocar em votação. O projeto agora terá que cumprir a tramitação regimental da Casa, onde será debatido nas Comissões.
Essa vitória reafirma a capacidade de luta e de articulação dos petroleiros, que, junto com outras categorias e com os movimentos sociais, disputaram o apoio de vários senadores e sufocaram o PLS 131, que chegou a ter o regime de urgência aprovado por ampla maioria. A FUP e seus sindicatos reagiram e, em apenas três semanas, reverteram a votação, derrubando a urgência.
O enfrentamento continuou na Comissão Especial, onde os petroleiros não deram sossego aos entreguistas, denunciando as manobras e o autoritarismo do presidente do Senado, Renan Calheiros, que chegou a impedir o acesso dos sindicalistas à Casa. A Comissão foi encerrada e, mesmo com todas as tentativas de José Serra para por o PLS 131 em votação, o projeto foi retirado da pauta do Plenário.
A luta não termina aqui. Pelo contrário. É preciso intensificar as mobilizações em defesa do pré-sal e da Petrobrás. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já se comprometeu em votar o PL 6726/13, do deputado Mendonça Filho (DEM/PE), que acaba com o regime de partilha. E no Senado, o PLS 417, do senador Aloysio Nunes (PSDB/SP), tem a mesma pauta.
Mais do que nunca, os trabalhadores e a sociedade brasileira precisam reagir e barrar de vez os entreguistas. As mobilizações do dia 03, convocadas pela Frente Brasil Popular, e a greve por tempo indeterminado, aprovada pelos petroleiros, reafirmam a urgência da defesa da Petrobrás e do pré-sal. A vitória contra o PLS 131 é a prova de que lutar vale a pena.
Fonte: FUP