Resistência dá o tom da marcha de abertura do Fórum Social Mundial

Presentes em Salvador para o Fórum Social Mundial, petroleiros da FUP e de seus sindicatos filiados vestiram seus jalecos laranjas e percorreram o centro histórico da capital baiana junto com milhares de outros trabalhadores, estudantes e ativistas sociais de vários países do mundo que participaram da Marcha que abriu oficialmente o Fórum na tarde de terça-feira, 13.

Por volta das 15h, a movimentação já era intensa no Campo Grande, de onde a marcha saiu, tomando a Avenida Sete com bandeiras, faixas e cânticos de várias matizes, numa grande caminhada em defesa da diversidade e da democracia, até chegar a Praça Castro Alves. Conhecida como a “Praça do Povo”, o local é palco das grandes manifestações de luta e resistência baiana.

Antes do início da Marcha de Abertura, em entrevista para a TVE da Bahia, Gilberto Leal, diretor de Entidades Negras da Bahia, destacou a importância do Fórum Social Mundial se realizar desta vez em Salvador, um território de forte presença negra e, consequentemente, também de resistência – justamente o slogan do FSM: “Resistir é criar, resistir é transformar”. 

“Temos um forte legado de resistência nesta cidade e neste estado”, afirmou Gilberto Leal, lembrando da Revolta dos Malês – um levante protagonizado por escravos em Salvador, em 1835 – e da Revolta dos Búzios, de 1798, quando a capital baiana amanheceu com diversos cartazes colados em prédio públicos proclamando a população à luta armada e defendendo o fim da escravidão.

Com mais de 1.500 coletivos, organizações e entidades cadastradas, e em torno de 1.300 atividades autogestionadas inscritas, o Fórum Social Mundial reunirá representantes de entidades de países como Canadá, Marrocos, Finlândia, França, Alemanha, Tunísia, Guiné, Senegal, além de países sul-americanos e representações nacionais. Segundo os organizadores, são esperadas cerca de 60 mil pessoas, de 120 países, reunidas para debater e definir novas alternativas e estratégias de enfrentamento ao neoliberalismo, aos golpes e genocídios que diversos países enfrentam na atualidade.

Agenda da FUP nesta quarta

Nesta quarta, a FUP e o Sindipetro Bahia realizam uma mesa redonda sobre a importância do setor petróleo para a economia do país. “O Petróleo como fonte indutora do desenvolvimento Regional” é o tema do debate, que contará com a participação do coordenador da FUP, José Maria Rangel, da pesquisadora do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (INEEP), Caroline Vilain, e dos petroleiros  Radiovaldo Costa (diretor do Sindipetro-BA) e Alexandre Castilho (diretor do Sindipetro Unificado de SP). O debate terá inícia às 19h, no Auditório Margarida Alves, no campus da UFBA em Ondina.

Também nesta quarta, os petroleiros participarão do lançamento da segunda edição do livro “Enciclopédia do Golpe – o papel da Mídia”, que contará com a presença da ex-presidenta Dilma Rousseff e do jornalista Mino Carta, na Tenda da CUT, às 15h.

Acompanhe as atividades pelas mídias sociais da FUP:  facebook @fupetroleiros e pelo instagram @fupbrasil 

 
[FUP, Fotos Alessandra Murteira e Mariana Bombim]