A abertura da sexta PlenaFup contou com a participação dos movimentos sociais e petroleiros de diversas partes do Brasil, em Campos dos Goytacazes. O tema do evento é “Manter acesa a chama da resistência”, reforçando a luta contra o governo golpista, que coloca a Petrobrás e o Pré-Sal como centro da entrega dos principais bens públicos para o capital internacional.
O coordenador do Sindipetro NF, anfitrião da sexta PlenaFup, Marcos Brêda abriu o evento relembrando a luta da categoria em 96, quando ocorreu o primeiro congresso nacional, com mesmo tema do encontro deste ano, em meio a demissões e outros ataques do governo de Fernando Henrique Cardoso. “Esta batalha será mais um incentivo para encontrarmos saídas através da luta. Nós, petroleiros, fomos os primeiros a reagir contra os ataques feitos por Fernando Henrique Cardoso, cerca de 20 anos atrás. E agora estamos sendo chamados à luta novamente!”, clamou. Coordenador da FUP, José Maria Rangel, também reforçou a importância da resistência: “Quem tem petróleo tem poder e é por isso que temos que partir pra cima desses vendilhões”.
A militante do Levante Popular da Juventude, doutoranda em desenvolvimento econômico na Unicamp, Juliane Furno reforçou a batalha rumo ao projeto soberano de nação e afirmou: “a gente deixa aqui, humildemente, nossas poucas pernas e braços, sim, mas nossa muita ousadia que a juventude carrega. Espero que a gente se lembre deste momento como um marco para a nossa vitória”.
A crítica ao governo golpista foi repercutida por todos os participantes. O coordenador do MAB, Leonardo Maggi, reforçou a importância dos camponeses e os trabalhadores da cidade, em especial os petroleiros, na luta contra a privatização do pré-sal: “Temos uma tarefa extraordinária de cuidar, de explorar com sabedoria e zelo uma riqueza fabulosa que querem privatizar. Vieram derrubar o governo e tentar tomar conta do que é central nas nossas riquezas, mas iremos impedir”. Da mesma forma, o jornalista Paulo Moreira Leite fez questão de dizer que “todos nós fomos enganados e sofremos uma tremenda derrota, porém, não sabemos qual será a extensão disso. Os golpes sempre perdem, mas podem durar um, dois anos. Só não podemos deixar durar 20 anos, como da outra vez”. Segundo Leite, os trabalhadores participantes da mesa estão falando pela maioria, quem precisa da água, do petróleo, de escola, de emprego. E essa maioria sabe que vamos lutar sempre.
Além de fazer questão de dividir sua fala com a secretária-geral da CUT-RJ, Keyla, em respeito à paridade entre homens e mulheres na instituição, o presidente Marcelo Rodrigues contestou o autor do Projeto de Lei 4.567/16, que retira a obrigatoriedade da Petrobras participar da extração de petróleo da camada pré-sal, entregando o principal bem público brasileiro: “Este canalha golpista chamado José Serra, mentor da entrega do pré-sal, não vai passar impune e não vai ter descanso em nenhum lugar do país”.
Foto: Wilson Roberto | Sindipetro ES