No primeiro dia útil de novembro, a maioria dos trabalhadores do setor administrativo da Replan preferiu ficar em casa. Cerca de 80% do pessoal aderiu à greve nacional dos petroleiros, iniciada na tarde deste domingo (01.11) em todo o país. Com relação aos trabalhadores dos turnos, a adesão na Refinaria de Paulínia é de 100%.
Na manhã de hoje (03.11), a maioria dos ônibus que transportam funcionários do horário administrativo chegou vazia na empresa. Alguns trabalhadores forçaram a entrada e, para evitar tumultos e conflitos com a polícia, a direção do Unificado, em acordo com a gerência da refinaria, liberou a portaria às 12h30. Cinco viaturas da PM estavam de prontidão no portão Sul, principal acesso dos trabalhadores próprios.
Dirigentes do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) ficaram de plantão em várias entradas da refinaria e tiveram o apoio de militantes de movimentos sindicais, dos Sindicatos da Construção Civil e dos Eletricitários e da CUT Campinas.
Em suas falas, os diretores do Unificado destacaram que a Petrobrás não compareceu à audiência no Ministério Público do Trabalho para tentar negociar o regramento da greve e não aceitou a proposta de rendição controlada. Enfatizaram ainda que a equipe de contingência, que assumiu a operação na tarde desta segunda-feira (02.11), não tem o número mínimo de trabalhadores para tocar algumas áreas.
Sobre o plano de desinvestimento da Petrobrás, o diretor Arthur Bob Ragusa deixou algumas perguntas no ar. “A Petrobrás não detalha seu plano de negócios e agora quer vender a Gaspetro por R$ 1,9 bilhão para a japonesa Mitsui. Quem garante que a Replan não está nos planos e que os trabalhadores da empresa não serão demitidos?”, questionou.
Fonte: Sindipetro Unificado de São Paulo