A decisão tomada pela gerência Regap de reduzir o número de operadores do painel de controle do setor de Hidrotratamento (HDT), traz risco para os trabalhadores e a comunidade do entorno. O número de operadores que trabalham no controle do setor foi reduzido, neste mês, de seis para quatro.
A redução vai na contramão da metodologia que define o número mínimo de trabalhadores necessários para manter a segurança operacional na Refinaria. Metodologia que a própria estatal adotou em 2017, após a realização de estudos técnicos. Vale lembrar que os estudos foram feitos sem a participação do Sindipetro-MG.
O Sindicato entende que ao diminuir o número mínimo de trabalhadores em unidades operacionais com alto potencial de risco, a gerência local da Petrobrás coloca em perigo centenas de vidas, especialmente nas situações de emergência.
Riscos de tragédias
O setor HDT possui um dos piores cenários de acidentes da Refinaria. Para se ter uma ideia da gravidade, um quadro de emergência envolvendo o vazamento da mistura de gás combustível e sulfeto de hidrogênio (H²S) pode resultar em uma nuvem tóxica fatal.
A contaminação pode atingir um raio de 850 metros, afetando grande parte da força de trabalho e comunidades no entorno da refinaria, como é o caso dos bairros Petrovale, Petrolina e Cascata, em Ibirité.
[Via Sindipetro-MG]