Natal visitou a Agência Sindical na sexta (14), quando falou sobre a reforma previdenciária. Ele diz: “Não sou contra. Há excessos em certas carreiras, há margens a serem corrigidas. Mas o governo precisa ser claro. Do jeito que age, só desinforma e gera insegurança”. Essa insegurança, aponta o dirigente, empurra pessoas para a fila da aposentadoria, sem o devido planejamento e com riscos de perdas no futuro provento a ser recebido.
O sindicalista também ressalta que o conjunto de propostas das Centrais, referente à reforma da Previdência, não recebeu resposta do governo. “Veja só. O INSS tem cerca de 3,5 mil imóveis inativos, que não geram um centavo de receita, só despesas. O certo seria o governo se desfazer desses ativos, porque deixaria de gastar, de um lado, e teria um aporte de recursos do outro”, relata.
Entre as propostas plantadas pelo governo, Natal Leo considera mais drásticas as que ampliam o limite de idade; a que muda o critério de cálculo e empurra para baixo o valor da aposentadoria; e, por fim, o aumento em 27,2% na contribuição do Servidor. “Se subir de 11 para 14%, significará aumento de 27,2% no índice recolhido pelo Servidor. É uma paulada na renda do funcionário público”, comenta.
Não é verídica a versão de que o brasileiro se aposenta muito cedo (embora comece a trabalhar cedo, geralmente). Segundo o presidente do Sindicato dos Aposentados da UGT, “80% dos aposentados têm mais de 60 anos e acima dos 55 anos esse índice é de 92%”.