O Sindipetro Caxias solicitou a interdição da U-4500 (HDS) ao MTE, que está com um cenário crítico devido a REDUC não parar a unidade para manutenção. Há três grandes vazamentos de vapor na unidade, o ruído está insuportável no meio ambiente do trabalho: P-450004, V-4500016 e XV-4500551.
Já faz mais de dois meses que os operadores não fazem ronda e nem rotina completa de amostragem por conta do ruído infernal, acima de 110 decibéis. Ninguém tem feito o acompanhamento de medições, os operadores já relataram o problema, mas a gerência nada faz por causa de contenção de custo.
Os trabalhadores da operação estão sofrendo muito com essa situação e descaso. Um dos vazamentos fica em frente a CCL-Casa Local de Controle vindo de um permutador, vazando pelo carretel. O ruído dentro da CCL, que é protegida, está alarmante. Essa unidade precisa parar urgente para fazer os reparos de manutenção. Se o ruído continuar, em breve teremos Técnicos de Operação afastados por causa de perda auditiva.
A Gerente Geral, dona Elza, tomou medidas preventivas: agora todos operadores da unidade terão que usar dois EPIs. Isto mesmo, dois protetores auriculares. Se a moda pega, em breve, os trabalhadores irão usar duas luvas, dois capacetes, dois óculos, e assim terão proteção dobrada.
A Higiene Industrial diz que com dois EPIs a proteção do nível de atenuação aumenta, sendo assim permitido que fique até 8 horas exposto. Porém, não foi analisada a influência da vibração do ruído. Os operadores estão adoecendo com o ruído que causa um zumbido devido à vibração. Não foi analisado a criticidade do vazamento com o rompimento da junta e a possibilidade de acidente.
O P-4 está sobre a proteção da NR-13, porém não tinha lançamento no Livro de NR-13 da U-4500. Somente após a intervenção do Sindicato, dia 9/08, foi relatado o problema no livro pelo supervisor acompanhado pelo Gerente da Inspeção.
A Inspeção já tem pedido de manutenção através de NOTA ZR para reparar V-4500016 e XV-4500551. Porém, para o permutador P-450004, o gerente da Inspeção relatou que não tem como averiguar a criticidade, pois o ruído é infernal e tem o risco da junta abrir.
Desta forma, a Gerência Geral abandona a filosofia da prevenção e impõe o acidente como condição para fazer a manutenção.
O Sindicato orienta aos trabalhadores a não irem à área invocando o mesmo direito de Recusa dos Inspetores. O Sindicato não concorda com esta filosofia do “Acidente de Fato” instituído pelos golpistas da Petrobrás e continuará lutando para prevenir acidentes.
A Refinaria não parou a unidade para manutenção e aguarda ocorrer um acidente para que isto aconteça.
Fonte: Sindipetro Duque de Caxias